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Engenheiro alemão é responsável por tornar "sustentável" o estádio do Corinthians
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GABRIELA LONGMAN
DE SÃO PAULO
O projeto arquitetônico do Itaquerão é brasileiro, mas vem coberto por tecnologia alemã. O escritório de engenharia e design Werner Sobek, com sede em Stuttgart, na Alemanha, é o responsável pelos estudos de cálculo estrutural da cobertura e da fachada do estádio, além de propor soluções para o bom aproveitamento de material e energia.
Parceiro de grandes nomes da arquitetura internacional --Norman Foster, Zaha Hadid ou Dominique Perraul--, Sobek foi contratado para trabalhar junto com o CDC, escritório brasileiro que assina o projeto e responde à presidência do Corinthians. O principal desafio dos alemães é cobrir os grandes vãos previstos no desenho arquitetônico com uma estrutura leve, translúcida e que tenha um custo baixo de manutenção.
Divulgação |
Vista aérea de Itaquera com inserção feita por computador do projeto do estádio, que pode ser usado na Copa 2014 |
"A questão energética não era um problema 50 anos atrás. Hoje é um fator crucial nas nossas decisões sobre a estrutura e os materiais ideais a serem usados", disse o engenheiro à sãopaulo.
Segundo ele, é preciso ainda imaginar que o estádio não vai durar para sempre e escolher materiais que tenham pouco impacto sobre o ambiente a médio e longo prazo.
"A questão do que acontece com o estádio no fim de sua vida útil (seja ela de 50, cem ou 200 anos) ajuda a determinar o modo como a construção é planejada."
Para além das preocupações ecológicas, o arquiteto apontou para uma mudança na engenharia estrutural desse tipo de arena.
"O foco agora não está mais apenas nas arquibancadas. A cobertura se tornou uma parte fundamental, que deve ser o mais leve e translúcida possível. Cada vez mais, ela não apenas encobre, mas engloba o estádio."
Diretor do Ilek (Institute for Light-weight Structures and Conceptual Design) da Universidade de Stuttgart, Sobek terá alguns de seus trabalhos expostos em São Paulo, durante a Bienal de Arquitetura do ano que vem --seu portfólio inclui o Mercedes-Benz Museum, na Alemanha, e o aeroporto internacional de Bancoc, na Tailândia.
Em seus projetos, o escritório alemão lida principalmente com estruturas de aço, vidro, titânio e madeira, mas ainda não está definido o material que vai compor a superfície do estádio paulistano. Sabe-se apenas que será feita com materia-prima "local", produzida no país.
"Dependemos de uma definição mais exata da verba disponível", disse Jorg Spangenberg, representante da Werner Sobek em São Paulo. A decisão envolve negociações entre o CDC, o Corinthians, a Odebrecht (construtora responsável) e o BNDES (envolvido no financiamento). "O vidro, por seu alto custo, já foi descartado", afirmou.
A questão da verba tornou-se mais complexa depois que a capacidade do estádio foi alterada de 48 mil para 65 mil espectadores, para que o estádio pudesse receber a abertura da Copa de 2014. O anúncio do Itaquerão como palco do Mundial deve ser feito em março do ano que vem.
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