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13/12/2010 - 17h46

Engenheiro alemão é responsável por tornar "sustentável" o estádio do Corinthians

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GABRIELA LONGMAN
DE SÃO PAULO

O projeto arquitetônico do Itaquerão é brasileiro, mas vem coberto por tecnologia alemã. O escritório de engenharia e design Werner Sobek, com sede em Stuttgart, na Alemanha, é o responsável pelos estudos de cálculo estrutural da cobertura e da fachada do estádio, além de propor soluções para o bom aproveitamento de material e energia.

Parceiro de grandes nomes da arquitetura internacional --Norman Foster, Zaha Hadid ou Dominique Perraul--, Sobek foi contratado para trabalhar junto com o CDC, escritório brasileiro que assina o projeto e responde à presidência do Corinthians. O principal desafio dos alemães é cobrir os grandes vãos previstos no desenho arquitetônico com uma estrutura leve, translúcida e que tenha um custo baixo de manutenção.

Divulgação
Vista aérea de Itaquera com inserção feita por computador do projeto do estádio, que pode ser usado na Copa 2014
Vista aérea de Itaquera com inserção feita por computador do projeto do estádio, que pode ser usado na Copa 2014

"A questão energética não era um problema 50 anos atrás. Hoje é um fator crucial nas nossas decisões sobre a estrutura e os materiais ideais a serem usados", disse o engenheiro à sãopaulo.

Segundo ele, é preciso ainda imaginar que o estádio não vai durar para sempre e escolher materiais que tenham pouco impacto sobre o ambiente a médio e longo prazo.

"A questão do que acontece com o estádio no fim de sua vida útil (seja ela de 50, cem ou 200 anos) ajuda a determinar o modo como a construção é planejada."

Para além das preocupações ecológicas, o arquiteto apontou para uma mudança na engenharia estrutural desse tipo de arena.

"O foco agora não está mais apenas nas arquibancadas. A cobertura se tornou uma parte fundamental, que deve ser o mais leve e translúcida possível. Cada vez mais, ela não apenas encobre, mas engloba o estádio."

Diretor do Ilek (Institute for Light-weight Structures and Conceptual Design) da Universidade de Stuttgart, Sobek terá alguns de seus trabalhos expostos em São Paulo, durante a Bienal de Arquitetura do ano que vem --seu portfólio inclui o Mercedes-Benz Museum, na Alemanha, e o aeroporto internacional de Bancoc, na Tailândia.

Em seus projetos, o escritório alemão lida principalmente com estruturas de aço, vidro, titânio e madeira, mas ainda não está definido o material que vai compor a superfície do estádio paulistano. Sabe-se apenas que será feita com materia-prima "local", produzida no país.

"Dependemos de uma definição mais exata da verba disponível", disse Jorg Spangenberg, representante da Werner Sobek em São Paulo. A decisão envolve negociações entre o CDC, o Corinthians, a Odebrecht (construtora responsável) e o BNDES (envolvido no financiamento). "O vidro, por seu alto custo, já foi descartado", afirmou.

A questão da verba tornou-se mais complexa depois que a capacidade do estádio foi alterada de 48 mil para 65 mil espectadores, para que o estádio pudesse receber a abertura da Copa de 2014. O anúncio do Itaquerão como palco do Mundial deve ser feito em março do ano que vem.

 

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