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13/02/2011 - 03h00

Leia conversa com o diretor de "Mulheres Alteradas"

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MARIA LUÍSA BARSANELLI
DE SÃO PAULO

Em sua segunda temporada, o espetáculo "Mulheres Alteradas" sofreu algumas alterações. Adriane Galisteu entrou para o elenco e agora faz o papel que antes era de Mel Lisboa. Mel, por sua vez, interpreta a personagem que, na temporada passada, era de Daniele Valente (que está grávida). E o ator Daniel Del Sarto substitui André Bankoff.

Lenise Pinheiro/Divulgação
Eduardo Figueiredo, que dirige o espetáculo "Mulheres Alteradas"; segunda temporada sofreu mudanças
Eduardo Figueiredo, que dirige o espetáculo "Mulheres Alteradas"; segunda temporada sofreu mudanças

Inspirada nos quadrinhos da argentina Maitena, a versão brasileira dá nome e personalidade a três mulheres. Lisa é divorciada e tem um filho. A rica e avoada Alice busca seu grande amor. Já Norma é uma executiva pragmática.

Leia a seguir a entrevista que Eduardo Figueiredo, diretor da montagem, concedeu à sãopaulo:

sãopaulo - De que maneira tentaram trazer o humor dos quadrinhos?
Eduardo Figueiredo - Fizemos um trabalho de triangulação com a plateia e de movimentação cênica. Tentamos fazer com que o ritmo fosse bem rápido pra retratar a piada do quadrinho. Também temos uma banda ao vivo, que pontua o espetáculo com música com uma linguagem quase onomatopaica.

E o cenário?
Eduardo - Desde o começo do projeto eu não queria um cenário muito complexo. A ideia é que ele fosse "clean", para dar uma movimentação cênica, com objetos entrando e saindo, alguns com mais de uma função. Por exemplo, o banco da academia em outra cena é o caixão do velório. Claro, a gente tem o reforço da iluminação, que pontua algumas piadas. A ideia era retratar objetos "alterados". Se a gente fosse para uma parada muito naturalista, acho que não iria funcionar tão bem.

Na adaptação, vocês deram nome e personalidade a cada uma das mulheres. Por quê?
Eduardo - Na obra da Maitena, não existe nenhum personagem específico, ela aborda o universo feminino como um todo. Mas, no nosso espetáculo, a gente sentia falta de o público se identificar com essas mulheres, por isso que elas têm personalidade. Elas representam o universo feminino, mas a gente conta uma história de três amigas. A gente achou que a esquete por si só estava muito vaga e as pessoas não se envolviam tanto. E também uma figura masculina presente como um espectro. Porque não dá para contar sobre o universo feminino sem a presença do homem, sem um contraponto masculino.

Como foi a mudança de elenco para a temporada deste ano?
Eduardo - A Adriane [Galisteu] propôs coisas que a Mel [Lisboa] não tinha antes. A estrutura é a mesma, mas a gente enriqueceu com outras piadas, tem a personalidade da Adriane, que tem uma outra pegada para compor a [personagem] Lisa. Ela propôs uma ironia e um mau humor que antes não existiam. Assim como o Daniel [Del Sarto], que tem uma pegada de humor diferente do André [Bankoff]. E, como o espetáculo é feito de esquetes, eu também mudei algumas coisas. Nesta temporada, temos uma nova dinâmica.

E por que Mel Lisboa mudou de personagem?
Eduardo - Durante os ensaios a gente fazia esse exercício de rodízio entre as personagens, femininas e masculina. Eu acho muito legal essa versatilidade. Então a Mel, durante os ensaios, já tinha feito o papel da Dani [Valente]. E, como a Mel já estava há mais tempo na peça, nós fizemos essa proposta de ela fazer esse personagem, que é mais difícil, tem mais pontuações cômicas que outros. E o tipo físico da Adriane tem mais a ver com a Lisa do que com a própria Alice.

Você pretende trabalhar com outras adaptações de quadrinhos?
Eduardo - Eu estou com outro projeto com a Maitena. Vamos adaptar outro livro dela, o "Superadas". É um outro momento da Maitena, mas a piada é mais precisa ainda. Além do universo feminino, ela aborda a família, os amigos, ela dá mais amplitude. Fernanda Young vai fazer a adaptação.

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