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24/04/2011 - 10h21

Das 18h às 18h45

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FABRÍCIO CORSALETTI
COLUNISTA DA REVISTA sãopaulo

- Tchau, pessoal. Até amanhã.
- Cê pode esperar um minuto? Eu vou com você. Hoje vim sem carro e tenho que passar no shopping.
- Maravilha.
- Vamos?
- Tá vendo aquele terreno perto do Jockey? Outro dia teve um almoço suspenso ali. Um guindaste sustentava uma plataforma do tamanho de uma sala a uns vinte metros do chão. Dava pra ver os garçons, as pessoas sentadas comendo e bebendo champanhe.
- Que bizarro!
- E o Lucas?
- E a Mari?
- E a tese?
- E o livro novo?
- Cuidado!
- Ô, gente asquerosa!
- Chiclete?
- Bom, eu paro por aqui.
- Tchau, até amanhã.
- Tchau. Brigada pela companhia.
- Táxi?
- Não.
- Que foda!
- Cê mora pra onde?
- Pra Liberdade.
- Afe, que mala...
- Hahahahaha!
- Pois não?
- Por favor, tem Neosaldina? E Seretide.
- De cinquenta, de cem?
- De cinquenta.
- Deixa eu veeeer... Tenho. Que mais?
- Só, brigado.
- CPF na nota?
- Como?
- CPF na nota?
- Não, brigado.
- Tem dez centavos?
- Ô, amigão, dá um real pra eu comprar um pastel!
- Não quer levar um DVD, chefe?
- É uma pesquisa sobre cigarros. O senhor fuma?
- Fumava. Mas, desculpa, agora tô com pressa.
- Dez minutos!
- Não tô suportando a...
- Um tranqueira...
- Pegou ela com outro.
- Tava na cara que ela gosta.
- Não volto mais nessa padaria.
- Fala, Francisco. Tudo bão?
- Só alegria. Veio andando?
- Vim. Tem alguma coisa pra mim?
- O condomínio. Assina aqui, por favor. Não vai dormir na casa da patroa hoje?
- Não. Tenho que acordar cedo amanhã. Boa noite.
- Boa noite.

 

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