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31/05/2011 - 20h53

Boom imobiliário rouba espaço da mata atlântica em SP

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NATALIA ENGLER
DE SÃO PAULO

Maria do Carmo/Folhapress
São Paulo, SP, Brasil. 21.05.2011. Mario Mantovani, diretor do instituto SOS Mata Atlantica. (Foto: Maria do Carmo/ Folhapress, Revista)
Mario Mantovani, diretor do instituto SOS Mata Atlantica.

Mario Mantovani, 57, é um veterano das causas ambientais. Radicado em Embu das Artes desde os anos 1980, o paulista de Assis tem 35 anos de participação em ONGs, 21 deles na Fundação SOS Mata Atlântica.

Na organização, que acaba de completar 25 anos, Mario atua como diretor de políticas públicas, atribuição que o leva a passar a maior parte da semana fora de São Paulo. Ainda assim, ele arranja tempo para viver a cidade e ficar de olho nos problemas ambientais da metrópole.

Mario falou à sãopaulo de Brasília, após almoço em que discutiu o Código Florestal com ex-ministros do Meio Ambiente, como Marina Silva (PV).

*

Quais são as ameaças ao que resta de mata atlântica em São Paulo?
A cidade vive no limite, mesmo estando cercada de mata atlântica. É um local onde a natureza é sempre pressionada e os empreendimentos imobiliários buscam todos os espaços a serem ocupados. Desde que me mudei para cá, nos anos 1980, percebo quanto a pressão econômica é forte.

A população e o poder público tratam mal essa parcela de natureza?
Muito mal. Tem uma coisa muito ruim em São Paulo: as pessoas tendem a transferir a responsabilidade para a prefeitura, para o governo, sem fazer a sua parte, por exemplo, com a árvore na frente de casa, com a praça do bairro.

Na sua rotina, o que você faz para tentar levar uma vida mais sustentável?
Já fazia coleta seletiva antes de 1980. Hoje, mesmo com essa crise toda [do preço] dos combustíveis, ainda mantive o meu carro com álcool. Faço xixi no banho. Participo da vida política. Vou até a manifestações "erradas", só para não perder o jeito. Sempre visito parques, busco conviver com a cidade.

O que o paulistano comum pode fazer para contribuir?
Nos anos 1970, a conferência de Estocolmo [sobre o Homem e o Meio Ambiente, realizada pela ONU em 1972] dizia: "pensar globalmente, agir localmente". Acho que esse é o grande mandamento para qualquer pessoa. Fazer a coleta seletiva, adotar a árvore na frente de casa, ter hábitos saudáveis em relação ao uso dos recursos, isso tudo dentro de casa.

Aqui na cidade, quais são os lugares onde você gosta de entrar em contato com a natureza?
Lá em Embu [das Artes], as minhas caminhadas eu não faço no parque, faço pelas estradas rurais. Também gosto muito do Ibirapuera, por causa das manifestações culturais que acontecem ali. É um espaço que eu frequento.

 

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