Summer sem Sommer

Fora da temporada de verão da São Paulo Fashion Week, o estilista Marcelo Sommer mostra sua casa e revela sua habilidade com tesouras para cortar madeixas

Marcelo Sommer, 43, decidiu não desfilar na São Paulo Fashion Week que começa amanhã. O estilista fez uma pausa para repensar o modo como deve trabalhar a marca Do Estilista e terminou a construção de sua nova casa, que deve ser o palco do desfile da temporada de inverno no evento.

	Franco Amendola /Folhapress
	Marcelo Sommer na sala de sua nova casa

O espaço charmoso no bairro do Sumaré, projetado por Rafic Farah e Hélio Olga, não é nenhuma mansão. "É minha cabanona", diz. Mas, nos detalhes, construídos com as próprias mãos (e muito durepox), o ambiente toma corpo e ganha charme.

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	Dados garimpados em viagens; os preferidos da sua coleção de brinquedos

Cabeças de alces, folhas de calendário dos anos 50 como papel de parede e cômoda que virou pia. Cada canto tem o toque lúdico de Marcelo. Os objetos foram garimpados em viagens e em sua antiga loja na rua Augusta, que fechou em 2006. Presentes de amigos dão um toque especial.

Ele acredita que o trabalho autoral está em falta. "Pretendo fazer uma linha de objetos para casa. Serão peças únicas vendidas na [loja de decoração] Micasa." Sommer deve continuar com as vendas on-line. "Não planejo abrir outra loja. Eu me vejo agora como um prestador de serviço e sonho em criar uma linha de roupa popular, bem comercial. Já até escolhi o nome, mas não posso revelar", diz.

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	Parede dedicada a sua coleção de alces

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	Cabeça de pelúcia e máscara de caveira na cozinha

O burburinho é que uma marca carioca anda paquerando Marcelo. Enquanto ele não confirma, adianta que um dos cômodos da casa vai virar um cabeleireiro. Ele vai trocar o corte de tecidos pelo de madeixas. "Já cortava o cabelo dos amigos, resolvi profissionalizar".

Divulgação

Croqui do verão 2012 da grife Reserva

MARCHA DA Cubalibre?
Polêmica no desfile da Reserva na SPFW. A marca masculina mostra sua coleção de verão amanhã, criticando o regime cubano. Rony Meisler, 30, diretor criativo, adianta detalhes:

Qual o tema da coleção?
O nome é Cubalibre? e faz uma sátira à utopia marxista e ao governo de Fidel Castro.

O que mais te marcou na visita ao país?
O tamanho do bloqueio da informação. É absurdo. Alguma surpresa na passarela? Faremos uma performance com enroladores de charutos e percussão. Nas estampas, mojitos e CUCs, a moeda usada pelos turistas.