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28/07/2011 - 16h59

Cineasta fala sobre os 20 anos do Festival do Minuto

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FLAVIA MARTIN
DE SÃO PAULO

Marcelo Masagão tem uma tese: "Tendemos a ficar na região em que nascemos", diz o cineasta, que nasceu há 52 anos na zona oeste de São Paulo, onde sempre morou. "Estou há 14 anos em Cotia (33 km de SP), mas continuo colado à região."

Se mudança não faz parte do cotidiano do cineasta, o mesmo não pode ser dito sobre o Festival do Minuto, criado por ele em 1991 para premiar e exibir filmetes de até 60 segundos.

Desde 2007, em vez de ter apenas uma premiação anual, a mostra virou permanente, com concursos lançados a cada mês para contemplar os filmes. Em comemoração dos seus 20 anos, o festival faz o concurso "Trailer do Meu Filme", com inscrições pelo site www.festivaldominuto.com.br.

Como São Paulo geralmente aparece nos filmes do festival?
Falamos mal da cidade, mas não desgrudamos dela.

Alguma história rodada na capital marcou você nesses 20 anos?
Uma animação realizada por Adams Carvalho e Olívia Brenga, em 2005, que é uma espécie de suicídio lúdico feito dentro de um quarto do Conjunto Residencial da USP.

Em que aspecto São Paulo é mais cinematográfica?
Se as cidades são moças, a nossa é uma das mais complexas e enigmáticas e é muito vaidosa.

O que acha do cinema produzido atualmente?
O melhor filme que vi recentemente foi sobre uma outra moça, muito graciosa, chamada Paris (e à meia-noite).

O paulistano tem um "estilo" próprio de filmar?
Ter, tem, mas eu não saberia definir.

Para quem teria apenas um minuto para passear por aqui, qual lugar você indicaria?
Se Deus for mesmo carioca, eu o convidaria para tomar café da manhã em uma padaria paulistana.

Qual é a maior diferença entre o que era produzido em 1991 e o que chega a você agora?
A cada década que passa, os botõezinhos vão ficando mais perto do nosso corpo. Em pouco tempo, o implante de chips será algo trivial. Estamos consumindo imagens como nunca fizemos. Mas, se estamos mais familiarizados com a linguagem audiovisual, isso não significa que a qualidade do que consumimos ou produzimos tenha aumentado. A porcentagem de vídeos mais interessantes que recebíamos há 20 anos é exatamente a mesma de hoje, entre 5% e 7%. A porcentagem de vídeos excepcionais, no entanto, cai para 1%.

 

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