Para um país jovem no mundo do vinho como o Brasil, faz todo o sentido que o consumidor iniciante comece pelo começo: conhecendo a regiões vinícolas do Rio Grande do Sul e do Chile.
A serra Gaúcha produz a maioria dos vinhos do país. E é onde se pode respirar um interessante ar europeu -seja no lado alemão (sem vinho), seja no italiano, onde a cultura do vinhateiro, neste caso vindo do Veneto, moldou uma paisagem agrícola e humana.
A rural serra Gaúcha com suas tradições mostra um futuro promissor que o Brasil poderia ter tido se, como na Europa do século 18, tivéssemos feito uma reforma agrária.
Ao redor de cidades como Garibaldi, Flores da Cunha, Caxias do Sul, pode-se visitar vinícolas com seus tours para turistas; mas o mais emocionante é visitar os vinhedos, onde famílias prosperam em pequenas porções de terra, plantando a uva que depois beberemos e levando uma vida digna que o latifúndio brasileiro jamais proporcionou aos camponeses.
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Cavas da vinícola Concha y Toro, em Santiago, no Chile |
Na outra opção dos nossos enófilos principiantes encontra-se o Chile, a mais abundante fonte das importações vinícolas do Brasil. Ali a natureza mostra uma bonita pujança nas plantações que, em alguns casos, remontam a séculos atrás, com parreiras ancestrais anteriores à época em que a praga da filoxera, no século 19, dizimou vinhedos inteiros pelo mundo (mas encontrou uma barreira de contenção nos Andes chilenos).
Mas não se trata apenas de visitar vinícolas e plantações rurais; o que mais impressiona no Chile é que o turista pode entrar no mundo da vinicultura saindo apenas alguns minutos da capital do país.
Sim, de Santiago até a mais próxima região produtora, o vale do Maipo, aos pés da cordilheira dos Andes, são apenas alguns quilômetros. No Chile, entre a metrópole e o campo provedor do vinho, a distância é de uma rapidez —e comodidade— de espantar até o mais experimentado turista.
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QUEM LEVA
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