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Serafina

Inglês que filmou Sex Pistols no Rio volta à cidade para gravar documentário

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A caminho de um boteco para tomar um expresso duplo, o cineasta inglês Julien Temple fala das filmagens de seu novo documentário sobre o Rio de Janeiro. No dia anterior, ele havia passado duas horas no Arpoador com o jornalista Nelson Motta. Saiu queimado.

Não era, no entanto, a primeira vez que o inglês ficava "parecendo uma lagosta" no Rio. Em 1978, quando trouxe os Sex Pistols para encontrar o ladrão de trem Ronald Biggs (as cenas estão no documentário "The Great Rock'n'Roll Swindle", de 1980), Julien viveu outro dia de sol a pino, hoje lembrado aos risos.

Gustavo Pellizon
 Julian Temple, cinesta inglês que volta ao Rio de Janeiro para filmar documentário
Julian Temple, cinesta inglês que volta ao Rio de Janeiro para filmar documentário

A bordo de um barco, os membros da banda de punk rock britânica jogaram no mar todos os equipamentos alugados. Para garantir o pagamento aos proprietários, o cineasta ficou na cidade, enquanto os demais embarcaram com a promessa de mandar o dinheiro no dia seguinte.

Mas isso durou seis semanas. No período, Julien morou de favor em Santa Teresa e sobreviveu de sucos naturais que descolava grátis. Quando mandaram o dinheiro, ainda teve de driblar os agentes do aeroporto. Em sua passagem, estava o nome de Sid Vicious. "Eu dizia para eles que aquele era meu nome artístico", lembra.

Depois do episódio, Julien voltou ao Brasil, nos anos 1980, com Mick Jagger para as filmagens de um clipe. Entre os figurantes, garotas de programa e travestis. Quase 30 anos depois, reencontrou na Lapa uma das personagens. Ela acabou sendo entrevistada para o novo filme, ainda sem título definido.

A ideia do novo documentário é usar a música como pano de fundo para falar de acontecimentos sociais, culturais e econômicos da capital fluminense. "Das outras vezes, não encontrava turistas na favela. Agora, a praia está vazia porque os turistas estão passeando nos morros."

DIDATISMO

Contextualizar o momento do país e a história da cidade brasileira mais vendida no exterior tem razão "afetiva" e didática, segundo ele.

"Quero mostrar o espírito carioca e usar a música como uma janela para apresentar a cidade. As pessoas lá fora sabem que esse é o momento do Brasil, mas conhecem pouco ou nada sobre o país", afirma.

"Espero que faça algumas pessoas amarem a cidade e outras odiarem. Eu tenho minha veia punk. Se todo mundo gosta, algo deu errado..."

Agora, Julien tem passagem marcada de volta para Londres, com seu próprio nome impresso no bilhete. Levará na mala as sandálias havaianas que comprou aqui e o seu suco preferido desde os anos 1970: o de caju.

Gustavo Pellizon
Julian Temple, cinesta inglês que volta ao Rio de Janeiro para filmar documentário
Julian Temple, cinesta inglês que volta ao Rio de Janeiro para filmar documentário
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