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Serafina

'Tomie Ohtake tem presença marcante no Brasil, mas não fora', diz crítico

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Ela pinta há 60 anos. Agora, perto de celebrar o centenário, pouco importa que sua carreira tenha começado só aos 40.

Construiu uma obra que levou o curador Paulo Herkenhoff a afirmar que "não há pintura brasileira sem Tomie Ohtake".

Ela começou a pintar em 1952 e, já no ano seguinte, integrou o Seibi, grupo de artistas japoneses que promovia discussões e mostras em São Paulo.

Era um período de grande debate artístico, que dividia esse circuito em dois grupos: figurativos e abstratos. Após passar brevemente pelo primeiro, estabeleceu-se no segundo. Pelo menos até agora.

Contudo, sua obra, longe do racionalismo exacerbado dos concretos paulistas, caminhou para a abstração informal, a partir de elementos arredondados e da distribuição mais homogênea de tintas e cores, como o fazia Mark Rothko, seu pintor preferido.

Com isso, Tomie conseguiu diferenciar-se ao criar um repertório visual que, partindo da gestualidade caligráfica japonesa, resultou numa pintura elegante e refinada.

Em um levantamento recente do Itaú Cultural, a japonesa radicada no Brasil ocupou a décima posição entre artistas com mais exposições nos últimos 25 anos, um feito considerável. Sua visibilidade ainda é amplificada por suas obras públicas, especialmente as tridimensionais.

Nas avenidas Paulista, Berrini e 23 de Maio, com esculturas, ou no painel de 55 metros de altura na ladeira da Memória, entre outros exemplos, integra o repertório visual da cidade.

No entanto, essa presença marcante no país não possui correspondência no exterior, já que Tomie não faz parte do seleto grupo de artistas, como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Volpi, Beatriz Milhazes e Adriana Varejão, que alcançam valores milionários em leilões de Londres e Nova York.

Talvez isso ocorra porque, ao contrário de todos os nomes lembrados, ela não retrata o típico imaginário brasileiro, mesmo fazendo parte dele.

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