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Serafina

Pianista francesa enxerga cores quando ouve notas musicais

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Se o público pudesse enxergar a música de Hélène Grimaud, então ele saberia como a pianista se sente. Hélène tem sinestesia, uma condição neurológica que mistura dois sentidos diferentes. No caso dela, certos sons remetem a cores, e os dois sentidos são percebidos simultaneamente pelo seu cérebro.

Hélène percebeu pela primeira vez a sinestesia por volta dos dez anos, quando tocava uma peça de Bach. O fenômeno sinestésico atinge uma em cada duas mil pessoas, sendo mais comum entre mulheres e pessoas canhotas. As duas condições são atendidas por Hélène: "Quando toco o dó menor, enxergo o preto. O ré menor é azul". Já o mi maior parece algo brilhante, similar à luz do sol.

Jovem prodígio, Hélène gravou seu primeiro disco com apenas 15 anos. Hoje, aos 43, já se consolidou como uma das mais talentosas pianistas de sua geração e se prepara para sua primeira turnê brasileira, que contará com três apresentações em São Paulo, uma no Rio de Janeiro e uma em Salvador.

Hélène é vista pelos críticos como uma inovadora. "Quando toco ao vivo, eu procuro algo diferente para dar ao público, do contrário, as pessoas simplesmente iriam para suas casas para ouvir suas gravações favoritas", diz ela, que já se apresentou com orquestras regidas por nomes como Kurt Masur e Claudio Abbado, dois dos grandes maestros da atualidade.

UIVO COLORIDO

A francesa Hélène mudou-se para os EUA aos 20 anos. Foi lá que, durante uma madrugada em que levava o cachorro para passear, a pianista conheceu Alawa, uma loba de estimação de um morador da vizinhança.

A partir daquele encontro, Hélène se apaixonou pelos lobos. Em 1999, fundou o Wolf Conservation Center, organização voltada para a conservação da espécie, que hoje ocupa uma área de 77.000 m no
Estado de Nova York.

Hélène passa muito tempo fora de casa, dividindo-se entre as turnês e as visitas ao centro que criou. Onde quer que esteja, contudo, sua sinestesia a acompanha. "Como na música clássica, cada uivo de lobo tem a cor do seu tom predominante", explica Hélène, que, se não entende a língua dos lobos, pelo menos a enxerga.

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