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Serafina

Estúdio de "Meu Malvado Favorito 2" compete com Pixar e usa trilha de brasileiro

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A visita ao estúdio Illumination Entertainment, em Los Angeles, é um tanto decepcionante para um fã de animação. Não se tropeça em esboços e "sketches". Nada de desenhistas riscando sequências intermináveis. Bonequinhos coloridos pipocando de um lado para o outro? Cadê?

Estão todos bem longe, em Paris -onde grande parte da criação é feita. O que para uns é frustração, outros chamam de estratégia de guerra.

"Criei uma companhia 'start-up' na Califórnia, onde muitas empresas de animação já competiam pelos melhores artistas. Vi que não poderia ganhar a batalha. E fui buscar os melhores em outros países, onde eu pudesse realmente tê-los", diz Chris Meledandri, 54, fundador da Illumination, em seu quartel-general californiano.

É de lá que ele lança "Meu Malvado Favorito 2", uma animação com um anti-herói esquisito, três menininhas e muitos minions, um exército de inclassificáveis seres amarelos, que chega aos cinemas do Brasil em 5 de julho.

O "Malvado" anterior, de 2010, foi o primeiro grande sucesso do estúdio: arrecadou US$ 540 milhões e, por aqui, foi visto por 2,4 milhões de pessoas.

A "universalidade" da criação é uma estratégia aplicada também na construção das histórias. "Os minions são personagens sem nacionalidade, falam sua própria língua. Acho que esse é um dos segredos do êxito do filme: o espectador se identifica, não importa de onde ele seja", afirma Chris, sobre as estranhas criaturas amareladas que vão ganhar um longa só sobre elas no ano que vem.

Chris aprendeu as vantagens da animação multinacional trabalhando com um brasileiro, Carlos Saldanha, de "Rio" e "A Era do Gelo 2", quando era o chefe da divisão de animação dos estúdios Fox. "É valioso ter pessoas criativas falando línguas diferentes. O que emerge disso é uma linguagem visual internacional."

No time atual da Illumination, há um outro brasileiro: o músico Heitor Pereira, que já tocou com Ivan Lins e foi guitarrista do Simply Red, é o compositor da trilha sonora de "Meu Malvado 2".

COMBATE DE VILÕES

No novo longa, o ex-"maior vilão do mundo", Gru, tem que combater o vilão do momento, enquanto enfrenta a nova vida de pai das três ex-órfãs, com a ajuda dos minions, seus serviçais atrapalhados. A dublagem torna difícil a escolha entre as versões: na original, ponto para Steve Carell; na versão brasileira, Sidney Magal promete.

Em sua sala, o poderoso chefão Chris, cercado por minions de pelúcia, resume o problema das grandes empresas de animação: "o foco no sucesso".

"Isso é muito limitador. Você acaba escolhendo as histórias baseado na expectativa de lucros. Fundar meu estúdio me deu liberdade para fazer um filme em que o protagonista é um vilão, o que não é obviamente comercial", diz o diretor, que fez parceria com um estúdio grande, a Universal, para lançar seus desenhos.

Chris se diz acostumado a ouvir comparações com outro dos grandes, a Pixar ("Toy Story"), estúdio referência para animações. "Compartilho a veneração pela Pixar. Eles foram pioneiros. Eu me inspiro no que fazem."

Sem depender do sucesso, mas apostando nele, Chris já sonha com um possível "Malvado 3". E nós já sonhamos (e sabemos onde) encontrar bonequinhos e desenhistas da próxima vez.

Vídeo ?version=3&hl=pt_BR&showinfo=0

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