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Serafina

Atriz encena monólogo em SP feito sob medida para as senhoras judias

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Debora Olivieri está de volta. De volta à São Paulo, a cidade onde nasceu. De volta ao judaísmo, a religião em que foi criada. E de volta aos palcos, seu habitat natural desde a adolescência.

A responsável por esse tríplice retorno da atriz é uma fictícia senhorinha judia chamada Rosa, que dá nome ao monólogo interpretado por ela e que estreia em São Paulo, no próximo dia 1º, no teatro Faap. Escrita pelo dramaturgo americano Martin Sherman, a obra já foi encenada na Broadway, com a atriz Olympia Dukakis no papel principal.

Na peça, a personagem relembra a sua vida durante a Shivá, um luto de sete dias praticado no judaísmo. "Minha avó se chamava Eva e era de uma aldeia ucraniana ao lado daquela onde Rosa nasceu", conta a atriz. "Quando minhas primas assistiram, disseram que viram a minha avó ali no palco."

Debora foi escolhida pela diretora Ana Paz para fazer o espetáculo justamente pela sua origem judaica. "Minha avó e minha bisavó contavam as mesmas histórias que a Rosa", diz. "Toda família judia tem a sua Rosa. De certo modo, é uma história que fala da minha ancestralidade."

Sucesso no Rio de Janeiro em 2011, a peça rendeu à atriz uma indicação ao Prêmio Shell daquele ano. Na hora de trazer o monólogo para São Paulo, a atriz sabia o que queria. "Tinha que ser em Higienópolis, há várias 'Rosas' me esperando por ali."

Debora insistiu com o teatro para que as sessões fossem apresentadas em horários alternativos, incluindo uma matinê às terças-feiras. "Tudo para as 'Rosas' aparecerem. Fora do horário do rush, dá para tomar um chá antes", diz.

A pré-estreia já tem os ingressos esgotados, todos comprados pelo Hospital Israelita Albert Einstein. Eles serão distribuídos entre voluntários e convidados ligados à instituição (geralmente membros atuantes na comunidade judaica paulistana).

"Fico torcendo para que algum dono de banco se identifique com a história e invista na peça", brinca a protagonista, que arcou com grande parte dos custos da temporada paulistana. "A bilheteria vai ter que dar retorno."

Ela está confiante. "O texto é incrível, tem um senso de humor judaico que tira as piadas das trevas", diz. Aos 55 anos, Debora é, no mínimo, 25 anos mais nova do que a personagem que interpreta. "Às vezes eu saía do teatro e encontrava umas senhorinhas que me perguntavam a que horas a atriz sairia", conta. "Quando dizia que era eu, elas custavam a acreditar."

Atuando profissionalmente desde os 16 anos, Debora está feliz pelo retorno à cidade onde foi criada (e que trocou pelo Rio de Janeiro em 1999). E também pela estreia na Faap. "Eu era judia pobre do Bom Retiro, sempre almejei Higienópolis", diz. "Quem sabe a peça não faz sucesso e compro um apartamento no bairro?"

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