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Serafina

Fernando Meirelles e Tadeu Jungle eram a dupla dinâmica do vídeo no Brasil

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Colegas de classe durante o ensino médio no colégio Santa Cruz, em São Paulo, Fernando Meirelles e Tadeu Jungle se reencontraram nos anos 1980 em campos opostos, mas complementares, da produção de vídeo com foco na televisão.

"A turma do Fernando era de bons moços, estudantes de arquitetura que fundaram a produtora Olhar Eletrônico e queriam propor algo diferente na TV", explica Solange Farkas, diretora do Videobrasil. "A turma do Tadeu Jungle criou a produtora TVDO e tinha mais conexão com as artes visuais. Os vídeos eram manifestos", lembra ela.

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As duas produtoras levaram vários dos prêmios das primeiras edições do festival. "Ninguém queria saber de televisão ou de vídeo naquela época. Minha sala do curso de TV na USP tinha seis pessoas", lembra Tadeu.

"A gente teve uma visão empresarial furada", brinca Fernando. "Montamos uma produtora para um mercado que não existia. Ninguém tinha vídeo em casa. Até que apareceu o Videobrasil e finalmente tínhamos onde mostrar esse trabalho."

Boa parte das ousadias das duas produtoras foi incorporada pela linguagem televisiva. "A TV não mostrava o povo. Começamos a colocar o povo nas telas. Depois colocamos o apresentador na plateia.", conta Tadeu.

"A gente tinha liberdade total. No programa 'TV Mix', da TV Gazeta, trocamos o estúdio de lugar e usamos a cidade como cenário", lembra Fernando. "Os apresentadores ficavam no meio da redação, num formato que hoje até o 'Jornal Nacional' usa."

Para Tadeu, um slogan da TVDO se provou verdadeiro: "Cinema ou TV, tudo conforme a tela em que se vê". Para Fernando, as linguagens estão embolando, mas ainda há especificidades. "Se é para o cinema, posso usar cenas mais lentas. Se faço um vídeo para o celular, não posso bobear três segundos que o espectador vai embora."

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