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Serafina

Aos 26, diretor israelense faz clipe para o cantor Bob Dylan e sucesso na internet

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O israelense Vania Heymann leva as suas lições de casa a sério. Há três anos, quando era aluno do primeiro semestre da Faculdade de Arte e Design Bezalel, em Jerusalém, ele publicou no YouTube seu vídeo de estreia, feito a pedido de um professor. A tarefa dos alunos era explorar um objeto inanimado.

Vania decidiu ilustrar o tema em um curta de pouco mais de um minuto, no qual mostra uma relação duradoura e afetiva com um regador de plantas. O resultado? Quase 50 mil visualizações.

Podia até ser sorte de principiante, mas, no mesmo ano, Vania publicou em seu canal do YouTube outra lição de casa estrelando o regador de plantas, dessa vez substituindo símbolos religiosos pelo objeto. O curta alcançou cerca de 100 mil visualizações e foi compartilhado por pensadores ateus de destaque, como o biólogo Richard Dawkins e o neurocientista Sam Harris.

De família judia ortodoxa e formação escolar religiosa, Vania desdenha das religiões. "Não faz sentido para mim", diz. "São respostas muito simples para questões muito grandes."
Hoje, aos 27 anos, ele é conhecido como "o homem mais viral de Israel", além de ser considerado um dos diretores mais talentosos do país.

Em novembro, o diretor ganhou atenção mundial com o lançamento de um clipe interativo de "Like a Rolling Stone", de Bob Dylan, feito sob encomenda da gravadora do artista. Escrita em 1965 e considerada uma das maiores canções do rock, este é o primeiro vídeo oficial da música.

Interativo, ele oferece ao espectador a possibilidade de alternar a imagem entre 16 canais de televisão fictícios que mostram desde programas de auditório até uma partida de tênis. Em todos eles, os personagens retratados na tela estão cantando o hit.

"Me disseram que o Dylan gostou do vídeo, mas infelizmente não tive a oportunidade de conhecê-lo", lamenta Vania, fã de Bob Dylan, "como todo mundo". O diretor faz uma participação especial no vídeo como vítima de um esfaqueamento em uma estação de metrô.

O sucesso com seus primeiros projetos garantiu ao israelense o posto de diretor-estrela da companhia de vídeos interativos Interlude, em Nova York, onde vive hoje. Tudo isso antes de terminar a faculdade.

"A universidade virou um certo problema", conta. Isso porque, a partir de 2012, o diretor passou a deixar de lado as lições de casa para ser pago por seus vídeos para empresas como
Pepsi e American Express.

Ele não vê conflito em colocar a sua arte a serviço de interesses comerciais. "A propaganda vai estar lá quer você goste ou não, então pelo menos ela pode ser boa", diz. "Além disso, em países pequenos, comerciais são a única plataforma que te oferece um dinheiro razoável para realizar as suas ideias."

Os planos para o futuro incluem concluir a faculdade ("estou muito atrasado") e produzir comerciais para o mercado brasileiro –já está em contato com uma agência de publicidade.
Mas será que "o jovem diretor mais talentoso de Israel" (epíteto dado a ele pelo jornal "Haaretz", o mais antigo do país) nunca fará um filme com mais de dez minutos de duração? "Claro que sim, já estou trabalhando com um amigo num filme que vai ser um faroeste judeu-ortodoxo", explica.

A inspiração? "A ideia surgiu em uma lição de casa. O professor pediu que fizéssemos uma cena inspirada em algum gênero cinematográfico específico", conta. Para Vania, as lições de casa costumam render mais do que apenas boas notas.

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