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Serafina
Os protestos de junho na visão de Ruy Castro
Começou em junho, com milhares marchando por causas justas -da tarifa dos ônibus aos gastos com a Copa e a corrupção- e balançando o coreto dos contentes. O povo parecia disposto a se fazer ouvir, e via-se isso nos rostos da multidão. Mas não demorou para que alguns desses rostos se escondessem atrás de máscaras. Os protestos se transformaram em quebra-quebras. O povo desapareceu das ruas e as reivindicações deram lugar a um ódio generalizado às instituições -para as quais os vândalos curiosamente apelam quando se veem presos.
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