O mundo contemporâneo, o que alguns chamam, por afetação, de pós-moderno, é basicamente monótono. Um deserto de narcisismo. Cheio de odes à diferença, nosso mundo é, na verdade, cheio de diferenças que não fazem a mínima diferença porque são todas iguais numa mesma coisa: todos temos a mesma causa, "nous-mêmes". Somos mimados e ofendidos. Numa era do ressentimento como a nossa, se sente o cheiro da ingratidão por toda parte. O desespero por 15 segundos de sucesso encanta essa multidão do mesmo.

Confira a retrospectiva da Serafina com os fatos que marcaram o ano

	Raquel Cunha/Folhapress
	Uma foto de um 'Selfie' em produção