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Nova York faz pazes com a água e preenche suas margens com parques

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Um Central Park em miniatura está surgindo nas margens do East River, o braço de mar que separa Manhattan do Brooklyn e do Queens.

Ao longo do equivalente às marginais de Nova York, de um lado, e no antigo cais do Brooklyn, do outro, uma série de pequenos parques está recuperando a relação da cidade com o mar, após décadas de costas para ele.

Motivos não faltavam para esse distanciamento: nos anos 1940, vias expressas isolaram o mar do lado leste de Manhattan. As poucas áreas caminháveis, de difícil acesso, tornaram-se destino para atividades ilícitas nos tempos em que Nova York era uma das cidades mais violentas dos EUA.

No Brooklyn, a decadência da atividade industrial deixou fábricas e armazéns abandonados ao longo do cais, desativado nos anos 1980. A cidade passou a se voltar novamente para a água na década passada, durante a administração do prefeito Michael Bloomberg (2002-2013), que decidiu promover a reocupação da orla.

A principal atração dentre esses novos parques é o Brooklyn Bridge, vizinho da famosa ponte, que se estende por mais de dois quilômetros em uma área onde ficavam os píeres do bairro.

Aberto das 6h à 1h da manhã, é a mais frequentada das novas áreas verdes que começam a fazer parte do cotidiano nova-iorquino.

Turistas, além de aproveitarem o local para descansar ou fazer esporte, têm vistas privilegiadas das pontes do Brooklyn e de Manhattan. Claro que nos meses mais frios, entre dezembro e março, as visitas são mais curtas.

Os paisagistas e arquitetos do escritório Michael Van Valkenburgh criaram um calçadão com bancos, cadeirinhas e mesas. Um gramado com ondulações artificiais, criando uma pequena colina no centro do parque, é o lugar perfeito para fazer piquenique.

Nas noites quentes, entre julho e setembro, há shows e filmes ao ar livre. Alguns armazéns viraram quadras de futebol, vôlei e basquete.

Mas não é preciso se desligar totalmente do mundo. Na entrada, há tomadas para quem precisa carregar o celular e internet sem fio (patrocinados por uma empresa de telefonia). O parque começou a ser construído em 2008 e deve ser concluído no final do ano que vem.

"Já morei ali perto, na Atlantic Avenue, e a orla era o lugar a ser evitado, uma viagem a lugar nenhum. Hoje, mesmo nas manhãs no meio da semana, há crianças, pais, ciclistas", diz o crítico de arquitetura do jornal "New York Times", Michael Kimmelman. "Esse parque transformou toda a vizinhança."

No outro lado do mar, na borda de Manhattan, o East River Park se espalha de Wall Street, no extremo sul da ilha, até o East Village, por mais de três quilômetros. Também há campos de futebol, quadras, área para skatistas, ciclovias, anfiteatro e parque para cães. No East Village, o parque é vizinho a uma das maiores concentrações de conjuntos habitacionais populares da cidade, erguidos nos anos 1950.

POR TODOS OS LADOS

O impulso aos projetos surgiu quando o ex-prefeito Michael Bloomberg decidiu fazer um tour pela cidade com sua futura secretária de Desenvolvimento Urbano, Amanda Burden. Na longa "entrevista de emprego", como ela descreve, os dois passearam de barco pelo East River. Amanda apontou para a orla abandonada de um lado e cheia de carros de outro e disse que a cidade "precisava se abrir para o mar".

"A orla de Nova York mudou mais nos últimos dez anos do que nos cem anteriores", diz Vin Cipolla, presidente da Municipal Art Society, uma ONG que defende os espaços públicos da cidade.

Mas, se há muito a megalópole virava as costas para o mar, o mesmo não se pode dizer de sua relação com o rio Hudson, que corta a cidade. Bem servido de parques desde a década de 1960, quando foi fundado o Hudson River Park, a região pode ganhar novidades.
Um projeto milionário e muito ousado pretende criar no Hudson um parque flutuante, construído em cima de um dos píeres que existem no local. Mas o turista que quiser se aventurar por lá vai ter que adiar a viagem. O projeto não deve ficar pronto até 2018.

Enquanto os jardins no East Village saíram do papel graças a investimento público, o do Brooklyn e o de Williamsburg, chamado Transmitter Park, foram em grande parte financiados pela iniciativa privada, que ganhou permissão de erguer edifícios residenciais ao redor deles. Ali, os apartamentos são para poucos e afortunados bolsos.

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