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Serafina

Brad Pitt estrela filme de guerra e se vê envolvido em batalha cibernética

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É preciso um bocado de autoestima para estar frente a frente com Brad Pitt. Você fica uns segundos procurando algo de errado na beleza do cara, para poder dizer por aí: "Ah, pessoalmente, nem é tudo isso..."

Depois você desiste e, quando chega em casa, desabafa com a mulher, em tom de derrota: "O cara é bonitão mesmo, viu?"

Aos 51 anos, Brad Pitt é um dos atores mais famosos do mundo. É milionário, está em forma e é casado com a atriz Angelina Jolie, com quem tem seis filhos -três adotivos e três biológicos. Ele é até simpático.

No encontro com jornalistas para falar sobre seu novo filme, "Corações de Ferro", que estreia em 5 de fevereiro no Brasil, ele enfrenta o assédio dos repórteres. Alguns o chamam de "Mr. Brad", outros pedem para tirar "selfies". Com todos, ele é gentil.

Como é de praxe nesse tipo de encontro, é proibido tirar fotos e o estúdio pede que as perguntas foquem o filme —e não a vida pessoal do ator.

Mas era impossível deixar de perguntar a Brad sobre o tão falado casamento "secreto" com Angelina Jolie, no dia 23 de agosto do ano passado, numa propriedade do casal em Château Miraval, no sul da França. A cerimônia teve presença apenas dos seis filhos, de alguns familiares e poucos amigos. Mas as fotos foram vendidas por eles mesmos por US$ 5 milhões às revistas "People" e "Hello!". O dinheiro foi doado a uma fundação mantida pelo casal, sempre engajado em causas beneficentes.

Conhecido por ser um tipo mais quietão, Brad se esquiva da pergunta com ironia: "Mas que casamento?" Insisto, sob o olhar atento de seus assessores, e ele responde, sorrindo: "Desculpe, não posso ajudar, não".

O ator está com seu clássico visual estrategicamente despojado, com um chapéu laranja todo reluzente, jeans e uma camiseta em gola V debaixo de um blazer cinza amassado. A roupa destoa um tanto do ambiente, o Museu do Tanque, no condado de Dorset, na Inglaterra.

No drama de guerra do diretor americano David Ayer (roteirista de "Dia de Treinamento"), ele é o sargento Don "Wardaddy" Collier, líder de um tanque de guerra aliado chamado "Fury", que combate a Alemanha nazista no fim da Segunda Guerra Mundial.

A história se passa num intervalo de 24 horas, em que o personagem de Brad Pitt e quatro soldados americanos que vivem dentro do tanque percorrem o território alemão para selar de vez a derrota germânica. As cenas foram gravadas durante três meses no Reino Unido -a maioria delas dentro de um tanque Sherman, de 37 toneladas, usado no conflito e emprestado pelo museu.

John Balsom

"Foi uma experiência de completa imersão. Estudamos táticas de guerra, visitamos bases, tivemos uma lista de leitura sem fim", diz Brad, com respostas diretas e decoradas.

Para dar autenticidade ao filme, os cinco atores dormiram e comeram naquele espaço durante a preparação. O tanque, eles disseram, fedia, e o aperto gerou até atritos entre o elenco. Mas nada que atrapalhasse o resultado. "No momento em que começamos a filmar de fato, tínhamos vivido no tanque, ido ao banheiro nele, cozinhado nele. Era tão confortável como qualquer sala de estar em que eu já estive."

Para ele, produzir um longa sobre a guerra não significa necessariamente exaltá-la. "Nós falamos sobre a questão humana do combate, sobre condições difíceis, e conversamos com parentes de soldados que nunca haviam dividido essa experiência antes."

CONVERSAS PRIVADAS

Pelo menos US$ 68 milhões foram gastos no filme, lançado em outubro passado no Reino Unido e nos Estados Unidos. A produção liderou as bilheterias americanas na sua primeira semana, arrecadando de cara US$ 23,5 milhões.

Mas o longa acabou virando notícia por outros motivos: no fim de novembro, quando ainda era inédito em muitos países, entre eles o Brasil, foi um dos filmes vazados na internet por causa do ataque cibernético ao estúdio americano Sony Pictures. "Corações de Ferro" teria sido baixado pelo menos um milhão de vezes na web em menos de três dias.

O lançamento da comédia "A Entrevista", em que dois repórteres são encarregados pela CIA de matar o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, foi apontado como possível causa do ataque.

Os norte-coreanos, suspeitos de envolvimento com os hackers, negam ligação com o caso. Estima-se que os prejuízos à Sony alcancem US$ 100 milhões.

Além dos filmes inéditos, os hackers também vazaram e-mails, como uma conversa entre executivos do estúdio criticando Angelina Jolie, mulher de Pitt, que é chamada de "fedelha mimada e minimamente talentosa".

Brad Pitt conversou com Serafina antes do ataque à Sony. À mídia americana, ele se posicionou contra a divulgação do material hackeado. "Uma conversa entre duas pessoas, por e-mail ou pessoalmente, deve ser privada", disse o ator. "Os sites que disseminam essas informações deveriam parar. Mas não vão. E nós deveríamos parar de ler esse conteúdo. Mas não vamos."

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