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Serafina

Grifes de moda criam linhas infantis para formar clientela do futuro

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Fazer roupa para criança não é brincar de boneca. Apesar de menos compromisso com caimento, referências ou originalidade, moda infantil é coisa séria. Cada vez mais. Como na modalidade adulta, há hoje uma preocupação em seguir tendências e sazonalidade, pois é nessa engrenagem que o mercado gira. E existe ainda um complicador: os pequenos consumidores são os mais exigentes.

Não existe grife para criança que dure se o tecido pinica, a etiqueta provoca alergia ou o elástico aperta na cintura. Roupa infantil tem que ser um carinho na pele. A palavra-chave é aconchego. A necessidade de ter acabamento impecável e tecidos de qualidade são as razões do custo elevado das peças infantis, uma dificuldade para muitas marcas.

Arte

Ocorrida na última década, a grande mudança é a atenção que grifes de adulto passaram a dar às suas linhas infantis. Mudou a atitude dos pais e as crianças reagiram. Já que agora pode, elas dizem o que querem e o que não querem. Escolhem o que vestir e o que não vestir. Com isso, mudou a lógica do mercado.

As confecções foram ao encontro do novo comportamento infantil. E hoje criam moda, não roupa. Fenômeno relativamente novo, mas que vem aumentando a passos largos a cada estação.

Tudo começou com um boom de marcas femininas criando suas linhas "filhas". A Maria Bonita Extra foi pioneira e fez um sucesso estrondoso.

Depois, veio a Fit, com a Fit Nina, apresentando modelos idênticos aos dos adultos. Muitas criaram suas linhas "petit", como forma de aumentar a fidelização de sua clientela e garantir uma jovialidade à marca.

A empresária Natalie Klein, da NK Store, que lançou a linha Enfance, reforça o conceito. "Estamos começando a formar hoje uma pessoa que, em 15 ou 20 anos, será nossa cliente." Seguindo a mesma lógica, a italiana Dolce & Gabbana abriu sua primeira loja do segmento no shopping JK Iguatemi, em São Paulo. E a carioca Reserva dedicou um espaço exclusivo para o público infantil e abriu um ponto no shopping Iguatemi São Paulo.

A Le Lis Blanc passou a dedicar um terço de sua vitrine às roupas de criança. A Mixed, que sempre usava tons pastel na linha infantil, passou a apostar em estamparias escuras. O estilista mineiro Ronaldo Fraga mudou até o foco de sua grife. Hoje, a maior parte de seu faturamento vem da linha "Filhotes".

Moda infantil virou uma possibilidade atraente do ponto de vista financeiro. Claro, bons estilistas sabem respeitar a premissa básica de que criança é criança e deve se vestir como tal.

Mas, fique claro, isso não significa mais fazer apenas vestido de babados para meninas ou bermuda xadrez para meninos. É possível fazer moda, de verdade, para pequenos muito estilosos.

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