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Serafina

Documentários inéditos revelam os podres de filmes de Hollywood

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Quem não gosta de uma boa história de fracasso, decisões erradas e egos destroçados? Em Hollywood, elas normalmente eram jogadas para baixo do tapete. Mas isso está mudando.

Dois longas hilariantes para quem curte histórias absurdas de Hollywood estrearam recentemente. O primeiro é "Lost Soul: The Doomed Journey of Richard Stanley's Island of Dr. Moreau", de David Gregory. O documentário acaba de sair em blu-ray nos EUA e explica as lendas em torno do filme "A Ilha do Dr. Moreau" (1996), sobre um cientista que cria uma sociedade de híbridos de animais e humanos.

Manuela Eichner

O longa começou a ser dirigido por Richard Stanley, um então jovem diretor sul-africano. O plano inicial era fazer um pequeno filme existencialista e bizarro a partir do romance de ficção científica de H.G. Wells, de 1896. Mas tudo mudou quando Marlon Brando se mostrou interessado no projeto.

O orçamento pulou para US$ 55 milhões, e o estúdio decidiu que Val Kilmer dividiria a tela com Brando. Os dois se odiaram. E Kilmer começou a aprontar no set, ameaçando outros atores e queimando com cigarro as costeletas de membros da equipe.

Veja o trailer de 'Lost Soul'

Veja o trailer de 'Lost Soul'

O diretor teve um ataque nervoso, subiu em um coqueiro e não quis mais sair. Dez dias depois de começar a rodar, foi demitido, e John Frankenheimer ("Ronin") assumiu. Mas Stanley não voltou para casa.

Foi para a selva ao redor do set, encontrou um monte de figurantes e voltou disfarçado entre eles como um dos monstros do filme. Em entrevista recente, disse que só queria ver o que estavam fazendo com o seu longa.

Já Brando não seguia roteiro, atuava com um balde na cabeça e exigia que o "menor homem do mundo", o ator dominicano Nelson de la Rosa, de 70 cm de altura, estivesse sempre ao seu lado —daí surgiu o personagem Mini-Me de "Austin Powers". Os extras passavam o tempo fumando maconha e fazendo sexo. Traumatizado, Stanley nunca mais dirigiu um longa de ficção.

Já "Superman Lives", polêmico projeto de Tim Burton com Nicolas Cage como o Homem de Aço, nunca saiu do papel, mas muita gente se pergunta no que teria dado. "The Death Of 'Superman Lives': What Happened?", de Jon Schnepp, lançado em julho em um site exclusivo do filme, tenta responder.

Jon teve acesso a imagens inéditas de Cage testando uniformes do Superman e a quase todos os envolvidos com o projeto, que existiu entre 1996 e 1999.

Assista ao trailer oficial de 'The Death of Superman Lives'

Assista ao trailer oficial de 'The Death of Superman Lives'

Entre as cenas, Nicolas Cage usa um terno azul frouxo para fazer um Clark Kent nada glamoroso. E Jon Peters, ex-cabeleireiro que virou produtor em Hollywood, fala coisas como: "Superman precisa enfrentar uma aranha gigante" e "acho a capa muito gay". Tudo é confrontado pelo documentarista em depoimentos recentes do roteirista Kevin Smith e do diretor Tim Burton.

A Warner, com medo de mais um fracasso no que vinha sendo um péssimo ano, cancelou "Superman Lives" a três semanas do início das filmagens —mesmo já tendo gastado US$ 15 milhões. A tal "aranha gigante" foi parar no filme "As Loucas Aventuras de James West", com Will Smith. Outro fracasso. Mas sem documentário por enquanto.

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