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Serafina

Em 'Veep', Julia Louis-Dreyfus volta ao papel da vice-presidente que chegou lá

Art Streiber
Julia Louis-Dreyfus, que estreia nova temporada de 'Veep'
Julia Louis-Dreyfus, que estreia nova temporada de 'Veep'
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Os candidatos à Presidência dos Estados Unidos andam fazendo absurdos. Discursam sobre os próprios pênis, exibem as mulheres como troféus e até acreditam que as pirâmides do Egito foram erguidas para armazenar grãos. Parece que querem competir com os personagens da comédia "Veep", da HBO, que retorna neste 24 de abril para a quinta temporada com a presidente Selina Meyer, personagem de Julia Louis-Dreyfus, lutando pela reeleição.

"No começo, imaginamos a série como uma sátira. Agora, sinto que estamos em um documentário", brinca Julia, 55, que não teme a concorrência das eleições norte-americanas da vida real. "Não senti uma pressão diferente neste ano porque, ao longo das quatro temporadas, construímos uma espécie de universo alternativo que não depende dos acontecimentos atuais. Foi uma benção no meio de todo esse absurdo."

Nesta temporada, Selina, que assumiu a Casa Branca depois da renúncia do antigo presidente, precisa lidar com os acontecimentos revelados no fim do ano anterior, o empate nas eleições pela presidência. Algo que a colocará no caminho de Tom James (Hugh Laurie), o charmoso e venenoso candidato a vice pela chapa dela.

"Estou animada com o fato de que uma mulher possa virar presidente dos EUA, porém me empolgo mais com a idéia de que podemos ter um bom político em contraste com...", pausa ela, evitando citar nomes. E continua "...algo diferente", diz, aos risos, deixando claro que se referia ao candidato republicano Donald Trump.

Julia sabe que qualquer palavra pode servir de munição e desvia das perguntas políticas com um mantra: "sou somente uma atriz". "Não há ativismo por trás das piadas. Eu tenho meu ponto de vista, faço campanha, mas não é o caso da série", confessa a ex-atriz de "Seinfeld", que declara seu voto.

"Por mim, pode ser qualquer um dos democratas, Hillary Clinton ou Bernie Sanders." E completa: "Se a série fez as pessoas se acostumarem com uma mulher como presidente, ótimo. Mas Selina Meyer não é o melhor dos modelos".

Atual detentora das quatro últimas estatuetas do prêmio Emmy de melhor atriz de comédia, Julia é uma das raras comediantes a escapar da sina de fazer parte de um fenômeno cultural -foi a personagem Elaine Benes, na série "Seinfeld"- para reencontrar o sucesso artístico e comercial. "Não foi fácil, mas tive sorte de encontrar pessoas inteligentes depois de 'Seinfeld'", diz. "Não sei medir sucesso comercial, porque não me importo com isso. Mas sei reconhecer quando um projeto tem qualidades artísticas."

Tanto que tirou um tempo na agenda apertada para trabalhar em um dos quadros cômicos mais comentados do ano passado, "O Último Dia 'Pegável' de Julia", parte do programa humorístico "Inside Amy Schumer". A esquete mostra Julia, Tina Fey e Patricia Arquette tomando um vinho com docinhos, para celebrar o fim da época da atriz com personagens sexualizados. A piada é que ela chegou numa idade em que só poderá interpretar mães ou outros personagens castos. Como foi trabalhar com um tema que remexe tanto no machismo do seu mercado de trabalho? Ela se sai com uma resposta bem política: "Foi um dia engraçado. Tagarelamos um bocado".

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