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Serafina

Diretor Oliver Stone traz ao Brasil seu filme sobre Edward Snowden

Dan Callister/Alamy Stock Photo
GXPCJ1 Movie Director Oliver Stone in Manhattan, New York, USA Foto:Dan Callister / Alamy Stock Photo ****FOTO COM CUSTO PARA REVISTA**** ORG XMIT: GXPCJ1 *******PARA REVISTA SERAFINA NAO UTILIZAR SEM AUTORIZACAO*** ORG XMIT: AGEN1610251950503895
Movie Director Oliver Stone in Manhattan, New York
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O filme "Snowden", que estreia em 10 de novembro, ganhou no Brasil um subtítulo dispensável tratando-se de uma obra de Oliver Stone: "Herói ou Traidor"? O mais à esquerda dos cineastas hollywoodianos nem titubeia ao definir o analista que denunciou o sistema de vigilância global do governo americano. "Mentem, dizem que ele é um espião, mas Snowden é um herói. Ele se vê desta forma", diz o diretor. "Se ele infringiu as leis? Bem, às vezes é preciso infringir algumas leis menores para se atingir algo maior. Foi assim com a luta pelos direitos civis."

Esse "ativista", retraído no trato e frenético no teclado, é o novo herói no panteão de Stone, diretor fecundo em criar protagonistas assolados pelas circunstâncias de suas épocas -sejam elas as intrigas da Macedônia antes de Cristo ("Alexandre"), o assassinato de John Kennedy ("JFK A Pergunta que Não Quer Calar") ou a Guerra do Vietnã, que rendeu "Platoon", "Nascido em Quatro de Julho" e dois Oscars.

COMBATE VIRTUAL

Filho de um corretor da Bolsa que serviria de mote para "Wall Street: Poder e Cobiça", Stone largou a Universidade Yale, onde foi colega de George W. Bush, para se alistar no Vietnã —-o pai, anticomunista, havia lutado na Segunda Guerra. No front asiático, o diretor descobriu The Doors e as drogas —-na posse delas, aliás, foi preso duas vezes, e liberado após pagar fiança.

Stone vê Snowden como o soldado de outro tipo de combate, virtual. "É a boa e velha guerra, só que com novos tipos de armamentos", afirma o diretor nova-iorquino de 70 anos, casado três vezes e pai de três filhos.

A trincheira desse seu novo protagonista é a tela do computador, como o filme não cansa de insistir. Na pele dele está Joseph Gordon-Levitt, de "(500) Dias com Ela". Shailene Woodley ("Divergente") é Lindsay Mills, a namorada politicamente liberal, raro caso de coadjuvante feminina com algum destaque na filmografia de Stone.

O resto é história, praticamente uma ficcionalização do que já aparece no documentário "Citizenfour", de Laura Poitras: após dar-se conta de que seu governo vigia informações virtuais de cidadãos do mundo inteiro, Snowden delata o esquema para uma afável documentarista (Poitras, vivida por Melissa Leo) e um enervado jornalista (Glenn Greenwald, do "Guardian", interpretado por Zachary Quinto).

No mês que vem, Oliver Stone desembarca no Brasil para promover "Snowden". Não será a primeira vez: numa das visitas, veio entrevistar Lula, a quem já defendeu que ganhasse o Nobel da Paz, para seu documentário "Ao Sul da Fronteira" (2009).

Diz que tem acompanhado a crise política brasileira de longe: "É uma vergonha". Mas acha melhor parar por aí. "Deixa eu chegar no Brasil antes."

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