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Serafina

Filho do diretor Vittorio De Sica participa de festival de cinema em SP

Guilherme Ruiz
O ator italiano Christian De Sica, filho do diretor Vittorio De Sica.
O ator italiano Christian De Sica, filho do diretor Vittorio De Sica.
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O ator italiano Christian De Sica, filho do cineasta italiano Vittorio De Sica, um dos grandes nomes do cinema italiano do século 20, está em São Paulo.

Ele veio participar da primeira edição do Italian Film Fest, mostra de cinema que acontece de hoje até o dia 21 desse mês, organizada por um grupo de quatro italianos radicados na cidade.

Comediante, showman, cantor, roteirista, diretor de cinema e teatro, ele nos recebeu num hotel na Avenida Paulista, região central da cidade, onde está hospedado. Arriscou frases em português e se disse surpreso por ter conversado quase vinte minutos com desconhecidos numa sorveteria ao lado do Hotel, coisa incomum na Europa de hoje, segundo ele.

Aos 66 anos, casado há 37 com a produtora Silvia Verdone e pai de dois filhos, está por aqui pela primeira vez a convite de um dos idealizadores do evento, Alessandro Battisti, 64, ex-senador italiano que vive no Brasil desde 2014, e que entre 2006 e 2008 presidiu a Cinecittà Holding - empresa estatal que controla os estúdios de mesmo nome -, e do presidente do Roma Film Festival, Adriano Pintaldi, parceiro dos organizadores da mostra.

Italiano Bossa Nova

Se a capital paulista é novidade pra ele, o Rio de Janeiro nem tanto. Ele nos conta que esteve por lá no final dos anos 1960, e se encontrou com "Juquinha" Chaves.

"Fui com ele para uma boate onde Elis Regina se apresentava ao lado do pianista Luizinho Eça e até cantei uma música com ela. Depois fomos ao Beco das Garrafas onde eu conheci uma cantora fantástica, acho que era Leny Andrade", disse o ator.

De Sanremo ao Cine Panettone

Christian ensaiou uma carreira de cantor e quando jovem chegou a se apresentar no Festival de Sanremo, mas emplacou mesmo foi nas telas, onde, apesar de ter estreado num filme de TV dirigido por Roberto Rossellini, colega de seu pai no movimento cinematográfico que ficou conhecido como neorrealismo, seguiu um caminho diferente, participando de filmes menos autorais. No início da década de 1980, o pote de ouro apareceu na sua vida quando passou a estrelar ao lado de outro comediante, Massimo Boldi, um gênero de filme ligeiro produzido especialmente para o período do natal, que ganhou dos críticos o apelido inicialmente pejorativo de Cine Panettone. Os longas tiveram grande sucesso comercial e divertiram os italianos por mais de duas décadas.

Um lugar na história

"Já vi filmes autorais sendo aplaudidos por vinte minutos em grandes Festivais de Cinema e quando sai de lá ninguém mais ouve falar. Os personagens comuns que fizemos ao longo das décadas de 1980 e 1990, no futuro dirão muito mais sobre a vida na Itália desse período do que muitas dessas obras", diz ele, cujo nome está garantido no pódio dos atores mais bem sucedidos financeiramente da Itália. Já recebeu nada menos do que vinte e três vezes o prêmio Biglietti d'Oro del Cinema Italiano, anualmente concedido aos filmes com os retornos de bilheteria mais altos do país.

Por aqui ele apresentará a comédia "Poveri ma Ricchi", lançada no final do ano passado na Itália, mas ainda sem distribuição confirmada no Brasil.

"Um dos objetivos da mostra é abrir canais de comercialização para produções italianas no país em todas as plataformas de exibição", diz Alessio Ortu, cineasta italiano residente no Brasil e produtor executivo do evento paulistano.

VEJA MAIS

Trailer do filme "Poveri ma Ricchi", com Christian De Sica

Trailer do filme "Poveri ma Ricchi", com Christian De Sica

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