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Serafina

'Teria sido um hippie nos anos 1980 sem o futebol', diz ex-jogador Raí

Coletivo Amapoa
Ex-jogador de futebol Raí Souza Vieira de Oliveira. DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM
Ex-jogador de futebol Raí Souza Vieira de Oliveira.
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Raí já tem planos concretos para 2018: em janeiro, começa um mestrado em políticas públicas na Sciences Po, o Instituto de Estudos Políticos de Paris. Aos 52 anos, vê no tema duas questões centrais. "É preciso pensar em como a política pode se defender da perversidade humana, da ganância. E em justiça, na divisão de riquezas e na igualdade de oportunidades."

O ex-craque tem olhos ainda para a Cinesala, cinema que comprou em São Paulo em 2014 e quer replicar em outro endereço ("sem obsessão nem pressa", diz).

Quais foram seus maiores jogos?
Quando joguei como criança e esqueci que era profissional.

Quando foi mais feliz?
Ao chegar à França [ao Paris Saint-Germain, em 1993]. Porque de 1991 a 1993 era capitão da seleção, o São Paulo ganhou tudo, mas o assédio incomodava. Então, era um prazer ter a liberdade de poder pegar trem. Após o treino, entrava no trem e ia pra onde eu morava [Croissy-sur-Seine, a cerca de 20 quilômetros de Paris]. Lá, minha mulher à época [Cristina Bellissimo] me entregava um sanduíche e eu ia pra aula de francês. Era um gozo.

O que aprendeu com Telê Santana?
Não se contentar com algo médio. Lembro de uma semifinal de Campeonato Brasileiro contra o Grêmio, 2 a 0 pro São Paulo [no Morumbi, em 1990], em que fiz dois gols. No dia seguinte, ele disse "alguém que joga desse jeito não pode se contentar com menos". Então, sempre me questiono no que posso melhorar.

Tem saudade de algo?
Adoro ter saudade que consigo saciar. Viajo muito à França, aí fico com saudade do Brasil, volto. A saudade me alimenta e eu corro atrás.

Como você seria sem o futebol?
Teria sido um hippie nos anos 1980.

Qual é a maior surpresa que teve com suas filhas?
Aprendi muito com as três [Emanuella, Raíssa e Noáh] sobre o universo feminino. A surpresa foi perceber o quanto eu estava longe de entendê-lo. E a beleza é que, quanto mais eu conheço e me aproximo, eu cresço.

Qual é seu maior investimento?
A terapia. E eu nem podia falar isso porque vão cobrar mais caro (risos). Ela me fez ganhar tempo, com coisas que perceberia sozinho em dez anos e percebi muito mais rápido. Olha que não fiz tanto tempo assim e não estou fazendo agora.

Qual é seu maior medo?
Ainda é a morte, mas melhorei muito quanto a isso. Com a maturidade, estou indo num caminho em que ela vai deixar de ser o maior medo. Busco um aprofundamento maior, espiritual mesmo. Quero aprender sobre a morte.

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