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Serafina

Filha de empregada doméstica desponta no mundo da moda em SP

Serafina: Oito horas, oito mulheres

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A mãe de Maria Oliveira é empregada doméstica. A avó também era. Maria limpou casas do momento em que terminou o ensino médio até uma seletiva de modelos na sua cidade, Santana da Vargem, Minas Gerais.

Depois de ouvir de amigos que tinha porte de modelo, com seu 1,82 m, foi a uma seletiva numa cidade vizinha. No ato, foi convidada a ir a São Paulo por dois dias para conhecer agências. Ouviu propostas de emprego de três delas, e voltou para Minas só para fazer uma mala.

Nos 14 meses em que está na cidade, fez desfiles na SPFW, ensaios de moda para revistas como Vogue e Elle e campanhas de grandes marcas. Sonha em ser uma "angel", modelos que recebem centenas de milhares de dólares para desfilar de lingerie pela Victoria's Secret, e também em trazer o irmão, que quer ser jogador de futebol, para morar com ela.

Como os trabalhos são esporádicos, Maria fica em casa a maior parte do tempo. Volta para Minas Gerais sempre que pode, inclusive para pagar uma promessa a Nossa Senhora. "Já fiz dois anos, e, até agora, só melhorou."

Marcus Leoni/Folhapress
A modelo Maria Oliveira, 19
A modelo Maria Oliveira, 19

*

9h Maria acorda. A primeira coisa que faz é conversar com os cinco irmãos, todos mais novos que ela, num grupo de WhatsApp.

10h Toma banho e se prepara para trabalhar. "Não uso quase nada de maquiagem, mas um pouquinho é bom."

11h Vai para a agência Way, a 15 minutos de caminhada.

11h20 Faz fotos novas para seu "composite", um compilado de fotos que é apresentado às marcas. "Ainda fico meio tímida com câmera."

12h30 Ouve da booker que pegou uma campanha. Ainda vão definir a data da foto.

13h Almoça arroz, feijão e bisteca na copa da agência.

15h Encontra as outras 11 modelos com quem mora numa casa de três quartos.

17h Volta para casa. Vai ver TV e mandar mensagem no telefone até dormir.

No mês da mulher, a Serafina acompanha oito horas da rotina de oito mulheres brasileiras

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