Por trás de um aplicativo de celular ou do envio de um e-mail existe um analista em segurança da informação, incumbido de garantir que os dados das empresas não vazem ou não sejam atacados por hackers.
Ele é o responsável por criar ferramentas que garantam a confidencialidade e autenticidade dos arquivos, seja de uma empresa ou de um usuário em casa. O especialista também mapeia os usuários de um sistema, como um site, um aplicativo ou um servidor corporativo, para que não façam nada de errado.
| Eduardo Knapp/Folhapress | ||
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| Marcus Cavinato, 26, engenheiro de sistemas, no escritório da multinacional de tecnologia Cisco |
"Observamos a possibilidade de o indivíduo, por imperícia ou má-fé, colocar um ponto de falha nos sistemas", afirma Sérgio Oliveira, 45, gerente em uma empresa de tecnologia de médio porte.
Um exemplo de falha seria um vírus baixado por um usuário ao abrir um link em um e-mail suspeito, o chamado "phishing", que tenta capturar senhas de acesso.
Oliveira atua no setor desde 1985 e já desempenhou diferentes funções, como programador e administrador de bancos de dados.
Hoje, o gerente atua na área analisando grandes volumes de dados e selecionando informações que possam ser úteis para a empresa.
Já o engenheiro de sistemas da multinacional de tecnologia Cisco Marcus Cavinato, 26, entrou na área em 2012, como auditor.
| Eduardo Knapp/Folhapress | ||
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| Sérgio Aparecido Oliveira da Silva, 45, é gerente de BI em uma empresa de tecnologia |
Para ele, o jovem que costuma garantir uma vaga é aquele que desde muito cedo se interessa por programação e pelos equipamentos.
Formado em engenharia da computação, Cavinato diz que é necessário manter-se bem atualizado.
"O principal é não parar de buscar novas informações, porque é uma área que muda muito rápido", afirma.
Especialistas dizem que a remuneração média inicial no segmento é de R$ 4 mil e pode chegar a R$ 40 mil em cargos de alto escalão.
FORMAÇÃO
No passado, esse profissional era mais um técnico, voltado à solução de problemas e à análise tática de ameaças diretas aos sistemas de empresas e equipamentos.
Hoje, ele deve também saber pensar toda a estratégia de segurança, o que envolve a gestão de riscos e a curadoria de grandes lotes de dados que podem ajudar outras áreas em seu trabalho.
Para gerir tantas informações importantes, as empresas também levam em conta o comportamento.
"É crucial uma postura ética e discreta, já que ele terá acesso a informações que muita gente não tem. É uma responsabilidade grande", diz o gerente da recrutadora Talenses Leandro Bittioli.
"O que buscamos são pessoas que consigam pensar o mundo contemporâneo, com formação multidisciplinar", explica a vice-presidente de Recursos Humanos do Santander, Vanessa Lobato.
Por isso, especialistas e gestores da área recomendam uma formação variada, com conhecimento em administração de redes, auditoria e programação de sistemas.
O caminho pode ser tanto por cursos de graduação, como tecnologia ou engenharia, quanto por opções de menor duração, como MBAs e mestrados (veja ao lado).
Além da faculdade, é preciso investir em certificações como a ISO 27.000, que têm abordagem mais prática e capacitam o profissional a atuar em projetos complexos.
Cavinato recomenda ainda buscar experiência profissional em diversos setores, desde programação e redes a auditoria e tecnologia, para garantir que não há lacunas na formação.
Já Oliveira aconselha o jovem a tentar buscar um mentor informal no ambiente de trabalho. "O júnior pode grudar em um sênior. É um treinamento que não custa nada para a empresa."
ONDE ESTUDAR
Universidade São Judas Tadeu
Curso: Sistemas de informação
Site: www.usjt.br
Fatec
Curso: Análise de sistemas
Site: www.vestibularfatec.com.br
Fiap
Curso: MBA em Gestão de Cibersegurança
Site: www.fiap.com.br