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Mercado é cada vez maior para os gestores de crise financeira

A recessão econômica afetou a maioria das carreiras no país. Mas um tipo de profissional só tem motivos para comemorar: os gestores de crises financeiras viram a demanda por seu trabalho aumentar e têm investido nos estudos para se aprimorar.

"Quando a situação do país piora, a procura pelos cursos aumenta. Os alunos querem saber melhor como lidar com os eventos socioeconômicos e políticos que ocorrem", afirma Rogério Mori, coordenador dos cursos da Escola de Economia de São Paulo da FGV.

Os gestores de crise na área financeira costumam vir de graduações como administração, economia, engenharia e contabilidade.

Entre suas atribuições, estão a compreensão dos impactos potenciais de uma crise, a criação de planos de recuperação e contingência e o planejamento de medidas preventivas que se antecipem às turbulências do mercado.

Desde que se formou em economia, Douglas Duek, 36, fez cinco especializações em escolas brasileiras e americanas. Ao mesmo tempo, fundou a Quist Investimentos, consultoria especializada na reestruturação de empresas.

"As aulas dão a base para a compreensão dos aspectos financeiros de uma empresa e servem de complemento ao que aprendemos no dia a dia do trabalho", afirma Duek.

O empresário diz que um bom caminho para começar nessa carreira é trabalhar em consultorias e bancos de investimentos. "As crises são diferentes, se a pessoa tiver uma boa bagagem e uma boa caixa de ferramentas, vai saber qual usar na hora certa."

Samuel Lopes, 39, atuou na área de tesouraria de companhias nacionais e multinacionais. Em 2013, abriu, junto a dois sócios, a Tiex, uma assessoria de gestão financeira e corporativa. "Não havia muitas consultorias que prestassem um serviço de qualidade e com preço acessível", afirma Lopes.

Formado em administração e com pós-graduações em gestão de negócios e finanças empresariais, Lopes diz que a empresa atende pequenas a grandes corporações. "A gente negocia dívidas, melhora o controle operacional e consegue uma gestão mais eficiente, dando fôlego financeiro às empresas."

Luis Vasco, sócio-líder de reorganização de empresas e gestão de crises da Deloitte, consultoria empresarial, ressalta que quem quer atuar nesse setor deve ter uma visão global do negócio e saber lidar com a comunicação.
"Em situações críticas, é essencial trabalhar a comunicação externa, com credores e partes envolvidas e, principalmente, a interna, com os colaboradores, para reconstruir um ambiente de confiança", explica.

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GESTOR DE CRISE FINANCEIRA

O que faz Elabora planos de recuperação e de contingência, avalia bens e fundos, negocia com credores e terceiros

Salário inicial R$ 3.000

Perfil desejado pelas empresas Conhecimento em administração, contabilidade, área tributária, tecnologia e gestão

Onde há vagas Consultorias, departamento financeiro e bancos de investimentos

Onde estudar Insper, FGV, FIA, Ibmec

Duração do curso De 3 dias a 18 meses

Visão de quem faz "É preciso ser resiliente e estar aberto a novas possibilidades"
Samuel Lopes, 39, sócio da Tiex consultoria financeira

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