Publicidade

Dez cursos que ampliam o lado polivalente de todo profissional

No mercado de trabalho, hoje, camarão que dorme é levado pela onda. Polivalência é essencial num cenário em que as mudanças são rápidas e a tecnologia coloca profissões em risco de extinção, afirmam especialistas em recursos humanos.

Cada área ou função exige competências específicas, que devem ser dominadas pelo profissional. Mas para se destacar é preciso ampliar o leque de conhecimento, diz Silvana Case, vice-presidente da consultoria Thomas Case & Associados.

Algumas habilidades, tanto técnicas quanto comportamentais, são "multiúso", úteis —e recomendadas— para pessoas em qualquer área e cargo e podem ser desenvolvidas com um gama de cursos de curta ou longa duração, presenciais e online.

As fronteiras entre exatas e humanas estão hoje menos claras: engenheiros, por exemplo, precisam saber se comunicar bem por escrito e exercitar a criatividade e publicitários têm que mexer em planilhas e entender de finanças.

Dominar um segundo idioma continua sendo uma habilidade importante em todas as carreiras —o inglês ainda deve ser a primeira opção, seguida pelo espanhol. Já programação não é essencial para quem não quer seguir uma carreira em áreas técnicas, mas familiaridade com a tecnologia é apontada como uma das principais exigências do mercado. Então fazer um curso de introdução à programação é uma boa ideia para quem quiser incrementar o currículo.

O mercado de trabalho busca também profissionais com determinadas atitudes, que podem ser aprendidas e aprimoradas. "Cursos de 'soft skill' [habilidades comportamentais] no currículo são um diferencial", afirma Felipe Calbucci, que chefia o site de recrutamento Indeed no Brasil. Quanto mais coisas as máquinas souberem fazer mais importante será desenvolver o comportamento, diz Maiti Junqueira, gerente de desenvolvimento de talentos da Lee Hecht Harrison.

*

Galvão Bertazzi/Folhapress
Saber analisar dados
Saber analisar dados

Saber analisar dados
Conseguir interpretar as grandes bases de dados sobre negócios e clientes que a tecnologia disponibiliza hoje é uma habilidade útil para profissionais de qualquer área. "Nesse mundo onde tudo é dados é um conhecimento muito relevante", afirma Maiti Junqueira, gerente de desenvolvimento de talentos da consultoria Lee Hecht Harrison. A análise de dados ajudará o profissional a tomar decisões com mais velocidade, diz Josué Bressane, sócio-diretor da consultoria Falconi Gente. "No passado, faltava informação. Depois passamos a ter bases de dados enormes, mas sem análise. Hoje você pode botar dados de tudo o que possa imaginar num banco e utilizar ferramentas de analytics. Vai chegar a conclusões muito mais rápidas", afirma ele.

Na Udacity, escola virtual de tecnologia, o curso de ciência de dados, criado especificamente para o público brasileiro, é um dos mais procurados, segundo Carlos Souza, diretor-geral da Udacity para América Latina.

Onde estudar há uma pós-graduação em análise de dados e data mining com início em maio na FIA (Fundação Instituto de Administração). Informações em fia.com.br

Galvão Bertazzi/Folhapress
Comunicar-se bem
Comunicar-se bem

Comunicar-se bem
Rafaela Pogrebrinschi, gerente de talent acquisition da PepsiCo Brasil, começou a fazer um curso de comunicação não violenta e o recomenda: mesmo quem fica trancado no escritório precisa saber se expressar.
"Você aprende a ouvir, falar e trabalhar na mesma sintonia do seu cliente. Isso ajuda em qualquer relacionamento. E empresas são feitas de relacionamentos", afirma.

É também a indicação de Alessandra Cabral, gerente de gestão de pessoas na Unimed Rio. "Acho ótimo cursos de como falar em público." Rodrigo Vianna, CEO da recrutadora Mappit, ressalta que comunicar-se bem por escrito com diferentes públicos também é fundamental. "Está muito no DNA do jovem a comunicação informal. Mas não está no DNA do mercado."

Onde estudar a FGV-SP dará em agosto um curso de comunicação oral e escrita na empresa. Informações em mgm-saopaulo.fgv.br

Galvão Bertazzi/Folhapress
Ter inteligência emocional
Ter inteligência emocional

Ter inteligência emocional
Profissionais são contratados pela técnica e demitidos pelo comportamento, diz Alessandra Cabral, gerente de pessoas da Unimed Rio. É recomendável, assim, desenvolver o que recrutadores chamam de inteligência emocional: saber trabalhar em equipe, ter empatia, conhecer seus pontos fortes e fracos.

Para isso, há aulas específicas de inteligência emocional ou alternativas mais heterodoxas.

Rafaela Pogrebrinschi, gerente de talent acquisition da PepsiCo Brasil, fez e indica um curso de palhaço. "Fiz porque queria estar mais disponível e vulnerável para trabalhar com o meu time. Foi para desenvolver minha habilidade interpessoal."

Onde estudar a ESPM dá o curso "aprimorando as inteligências emocional e social". É possível se cadastrar no site espm.br para receber um aviso quando as matrículas abrirem

Galvão Bertazzi/Automação de empresas
Entender de economia
Entender de economia

Entender de economia
O conhecimento de como a economia mundial e a do país impactam sua indústria e, consequentemente, a empresa em que você trabalha é um diferencial em relação aos seus colegas, até para profissões tidas como essencialmente criativas, como a publicidade.

Segundo Caroline Cadorin, diretora da consultoria de recursos humanos Hays Experts, é antiga a ideia de que economia é assunto só de quem trabalha no departamento financeiro.

Estar atualizado sobre o noticiário e entender como os acontecimentos do mundo impactam seus resultados é hoje uma característica bastante valorizada nas empresas.

"E acredito que, no futuro, isso será ainda mais demandado", afirma Cadorin.

Onde estudar o IBMEC promoverá em maio um curso de extensão online de economia, com 30 horas de duração. Informações em ibmec.br

Galvão Bertazzi/Folhapress
Ser criativo e inovador
Ser criativo e inovador

Ser criativo e inovador
Como a tecnologia tende a realizar cada vez mais tarefas antes feitas por pessoas, inovar e pensar diferente da máquina torna-se fundamental no mercado de trabalho, afirma Mariana Dias, cofundadora da recrutadora Gupy.

"Ser criativo vai ser uma habilidade extremamente demandada em qualquer área e profissão, mesmo aquelas que aparentam ser extremamente metódicas e quadradinhas", opina Caroline Cadorin, diretora da consultoria de recursos humanos Hays Experts.

Para exercitar essa característica, Rafaela Pogrebrinschi, gerente de talent acquisition da PepsiCo Brasil, indica para qualquer profissional um curso de design thinking, método para analisar e solucionar problemas. "Possibilita olhar de formas muito diferentes para o mesmo problema. Traz uma habilidade de orientação para o resultado, de que você precisa independentemente da área de atuação."

Onde estudar o IED (Instituto Europeo di Design) dará um curso de extensão em design thinking em maio. Informações em ied.edu.br

Galvão Bertazzi/Folhapress
Sentir-se confortável com tecnologia
Sentir-se confortável com tecnologia

Sentir-se confortável com tecnologia
Ser craque em programação ou conseguir desenvolver seu próprio aplicativo só é essencial para carreiras mais técnicas, mas é fundamental ter familiaridade com a tecnologia em qualquer ramo. O domínio de programas de computador e aplicativos específicos varia de área para área, mas todos deverão mostrar no currículo que dominam algumas ferramentas.

"Cada vez mais os profissionais precisarão entender um pouco de tecnologia para enxergar dentro do seu rol de atividades onde ela pode fazer com que ganhe eficiência, qualidade e competitividade", diz Marcelo Redoschi de Carvalho, superintendente de atração, seleção e escola de negócios do Itaú. Um curso introdutório de programação, então, é bem-vindo. "Mesmo para quem não é técnico traz um conhecimento relevante. Não necessariamente o cara que pensou num aplicativo para pagar o estacionamento é técnico, mas estava sintonizado com a tecnologia", afirma Rodrigo Vianna, CEO da recrutadora Mappit.

Onde estudar a Udacity tem um curso online de introdução à programação. Informações em udacity.com.br

Galvão Bertazzi/Folhapress
Falar outras línguas
Falar outras línguas

Falar outras línguas
Entra ano, sai ano, e o domínio de um segundo idioma é um chamariz para qualquer currículo, segundo recrutadores. No site de vagas de emprego Indeed, entre os empregadores que exigem fluência em outra língua 70% pedem inglês; 18%, espanhol; 6,5% francês e 4,5% alemão, diz Felipe Calbucci, country manager do site no Brasil.

"Inglês é banal, mas hoje uma pequena parte da população fala. O idioma acaba sendo fator de decisão em algumas posições", diz Rodrigo Vianna, CEO da Mappit, recrutadora especializada em cargos iniciais de carreira.

"Mandarim é uma língua muito incentivada por causa das negociações com a China. Pelo menos ter noções básicas, não é um requerimento ainda", diz Josué Bressane, sócio-diretor da consultoria Falconi Gente.

Onde estudar a PUC-SP oferece o curso de extensão inglês para discussão de temas da atualidade. A lista de interesse está aberta. Informações em pucsp.br

Galvão Bertazzi/Folhapress
Manter o foco
Manter o foco

Manter o foco
Adotados por empresas para minimizar o estresse de seus funcionários, cursos de mindfulness são recomendados para desenvolver o foco, uma das características comportamentais mais importantes para o mercado hoje na opinião de especialistas em recursos humanos. Ao mesmo tempo que o profissional deve conseguir fazer várias coisas diferentes, tem que manter o olho no resultado quando estiver se dedicando a uma atividade e não se distrair.

Segundo Rafaela Pogrebrinschi, gerente de talent acquisition da PepsiCo Brasil, mindfulness é o curso da moda para melhorar a atenção. "Você pode buscar esse curso para te dar uma concentração no aqui e no agora", diz Maiti Junqueira, gerente de desenvolvimento de talentos da consultoria Lee Hecht Harrison.

Onde estudar a PUC-SP dá o curso atenção plena (mindfulness): equilíbrio profissional e pessoal para o bem estar. Informações em pucsp.br

Galvão Bertazzi/Folhapress
Ser capaz de liderar
Ser capaz de liderar

Ser capaz de liderar
Quem não nasceu sabendo comandar uma equipe pode -e deve- aprender para avançar na carreira, dizem recrutadores e gerentes de recursos humanos.

Para Josué Bressane, sócio-diretor da consultoria Falconi Gente, a melhor escola de liderança é a prática, mas cursos de gestão de pessoas podem ajudar muito a melhorar o relacionamento com a equipe de trabalho.

"Desenvolvem o aspecto cognitivo. O atitudinal vai acontecer no dia a dia", afirma. Para isso, autoconhecimento é necessário. É útil, por exemplo, complementar os estudos com o trabalho com um coach ou um mentor —algum colega ou gestor com mais experiência, que possa te aconselhar e apontar pontos a serem melhorados.

Onde estudar a FIA (Fundação Instituto de Administração) oferece uma pós-graduação em liderança e gestão com início em maio. Informações em fia.com.br

Galvão Bertazzi/Folhapress
Conseguir se adaptar a mudanças
Conseguir se adaptar a mudanças

Conseguir se adaptar a mudanças
Uma das características mais buscadas pelo Google na hora de preencher uma vaga, independentemente do cargo, é conseguir ficar confortável num ambiente de mudanças, diz Daniel Borges, gerente de atração de talentos para a América Latina.

O mesmo vale para outras empresas: aprender e desaprender rápido é uma exigência para não ficar desatualizado. "Se você é um elefante para se movimentar, não tem mais ambiente para você no mercado de trabalho", afirma Silvana Case, vice-presidente da consultoria Thomas Case. "Se você for uma pessoa muito presa ao passado e resistente à mudança, terá dificuldade em entregar o que precisa", opina Alessandra Cabral, gerente de gestão de pessoas da Unimed Rio.

Onde estudar a ESPM tem um curso de administração de mudanças. No site espm.br é possível se inscrever para saber quando haverá turmas

Publicidade
Publicidade
Publicidade