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guia das profissões

Opinião

Vivência importa mais que o conteúdo na renovação profissional

As mudanças trazidas pelas novas tecnologias e gerações estão transformando radicalmente o dia a dia corporativo. Hoje, os profissionais de carreiras tradicionais ou daquelas que acabaram de surgir precisam se reinventar constantemente para acompanhar essas mudanças.

A má notícia é que o mercado está carente de pessoas que tenham competências indispensáveis para lidar com essas transformações. A boa notícia é que ainda dá tempo de se movimentar.

A mudança com a qual é mais difícil de lidar é a geracional. As lideranças ainda estão tentando entender o que é importante e prioritário para os jovens que chegam ao mercado de trabalho.

Com a nova geração, o conceito de emprego com carteira assinada e horários rígidos não existe mais.

A relação com o trabalho também mudou. A nova geração quer trabalhar com propósito, mas, ao mesmo tempo, quer que a rotina seja divertida, interessante e construtiva.

Essa forma de trabalhar, muitas vezes, se traduz em empreender ou se tornar um profissional autônomo. Por sinal, os jovens têm muito menos medo de arriscar, mesmo que isso signifique menos estabilidade.

A tecnologia, por outro lado, terá mais impacto nas operações dos negócios. Acredito que a digitalização vai continuar transformando a rotina profissional –muitas funções serão automatizadas, enquanto novas carreiras vão surgir para atender a demandas que ainda não existem.

Essa tendência obriga os profissionais a tomarem para si a responsabilidade de adquirir novos conhecimentos.

Dessa forma, para quem já está no mercado é fundamental se atualizar de forma constante e rápida. E esse movimento deve ser de 360 graus.

Os cursos de curta duração estão se proliferando de forma exponencial e prometem um aprendizado mais rápido do que uma pós-graduação ou um MBA tradicional, por exemplo.

Ao mesmo tempo, a atualização profissional deve ser mais importante pela vivência do que pelo conteúdo. Se você não vive o que aprende na prática, é como dar um tiro na água. Joga conhecimento, tempo e recursos fora.
Um dos caminhos mais certos a trilhar nesse momento de transição é adquirir habilidades que serão indispensáveis no futuro.

O profissional que quer continuar no mercado precisa ter bom relacionamento interpessoal, ser capaz de encontrar formas de ajudar as pessoas e conciliar divergências de ideias em sua rotina com inteligência emocional.

Saber interpretar dados e extrair deles insights estratégicos será outro diferencial buscado pelas empresas, que darão preferência para pessoas com pensamento crítico e criativo, que consigam resolver problemas complexos de maneira inovadora.

Fernando Ladeira Fernandes é sócio e diretor de gente e gestão na consultoria Falconi

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