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centro e zona norte

Vizinho de floresta, Tremembé reúne torres baixas na zona norte de SP

Não é preciso levantar muito a cabeça para avistar por inteiro os novos empreendimentos construídos no Tremembé, no extremo da zona norte.

O distrito, espalhado pelas bordas do Parque Estadual da Cantareira, limita em até cinco andares a construção de prédios mais próximos da floresta, por força da atual legislação ambiental.

Mais baixos, esses novos projetos têm compensado essa restrição com itens de lazer. "Aproveitamos o terreno ampliando as áreas comuns", diz Caio Esteves, da Inovalli.

Diego Padgurschi/Folhapress
Condomínio Alameda Floresta, no Tremembé, na zona norte de SP
Condomínio Alameda Floresta, no Tremembé, na zona norte de SP

A construtora ergueu nesse molde o Alameda Floresta. São 16 apartamentos (150 m²) e mais duas coberturas (300 m²) distribuídos entre quatro andares e o térreo.

A área de uso comum é gramada e tem atrativos como piscina, salões de festa e jogos, academia e um amplo jardim -uma unidade custa a partir de R$ 1,2 milhão.

"O Tremembé sempre teve vida própria. Hoje, a demanda tem sido por apartamentos maiores", afirma Esteves.

A verticalização da paisagem local é recente. Nos últimos dez anos, a região da Subprefeitura de Jaçanã/Tremembé recebeu, em média, 223 novos apartamentos por ano, segundo o Secovi-SP (sindicato da habitação).

Esse apetite imobiliário tem sido impulsionado principalmente pela oferta de terrenos, explica Valter Caldana, professor de arquitetura e urbanismo do Mackenzie.

"O Tremembé sempre foi descolado do núcleo forte da zona norte, como a região de Santana, pelo seu isolamento. São os terrenos mais baratos [R$ 1.000 o metro quadrado] e acessíveis que têm promovido esse aquecimento."

CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS

A limitação da altura nas construções e a possibilidade de morar ao pé da serra também têm feito crescer outro tipo de moradia por lá: os condomínios horizontais. Entre 2012 e 2016, foram lançados 20 empreendimentos do gênero no Tremembé, segundo dados da Geoimovel.

São vilas de casas geminadas ou com sobrados. Elas têm estrutura de segurança, zeladoria, parque infantil e piscina -uma casa não sai por menos de R$ 500 mil.

A administradora Renata Ortiz, 43, mora com o marido e mais um casal de filhos em um residencial de 33 casas. Ela diz que compensa pagar os R$ 2.000 de condomínio. "Aqui, temos contato com os animais e meus filhos ficam seguros para brincar."

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