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litoral e interior

Moradores deixam SP para viver em imóveis maiores no interior e no litoral

Na conta de quem opta por deixar a região metropolitana de São Paulo rumo ao interior e ao litoral não entram apenas fatores como tranquilidade, segurança e qualidade de vida. O custo mais baixo para manter a família e o valor menor dos imóveis também impactam na decisão.

Esse foi o caso da representante comercial Clélia Lima, 41, que, há dez meses, trocou o Tucuruvi, na zona norte da capital, pelo condomínio Helbor Terraços no Jardim das Colinas, em São José dos Campos. O marido César Bastos, 43, já passava duas semanas por mês na cidade trabalhando como propagandista da indústria farmacêutica.

Pelo apartamento de três dormitórios e 99 metros quadrados, o casal pagou R$ 390 mil. O condomínio possui piscina, espaço gourmet, brinquedoteca, entre outras áreas de convivência e recreação.

Na capital, um imóvel do mesmo padrão custa cerca de R$ 790 mil. "Aqui até o condomínio é viável. Pago R$ 490", afirma Lima.

A 90 quilômetros de São Paulo e com 533 mil habitantes, São José dos Campos também agradou por oferecer segurança e qualidade de vida para a mãe Araci, 71, e o filho Enzo, 11. "Vivíamos em uma rua movimentada e meu filho não saía de casa. Hoje, vai para escola a pé", diz.

Em outro empreendimento da Helbor na cidade, o Paessagio Jardim das Colinas, 5% das 194 unidades foram compradas por paulistanos. Há ainda 11 unidades à venda. São imóveis com quatro quartos de 245 m² e 278 m².

"Como a cidade oferece qualidade de vida de fazer inveja a centros urbanos como São Paulo, naturalmente surge como opção", diz Marcelo Bonanata, diretor de Vendas da Helbor Empreendimentos.

RUMO AO LITORAL

Em Santos, a média de clientes paulistanos por empreendimento chega a 8%, diz Paulo Pinheiro, sócio-diretor e gestor das unidades operacionais do interior e litoral da Lopes Imobiliária.

Diretora de incorporadores da Odebrecht Realizações, Juliana Monteiro afirma que empreendimentos versáteis e com amplas áreas comuns e de lazer, como o Legend, que oferecem spa, espaço fitness, piscinas e serviços como limpeza e reparos no modelo "pay-per-use" também atraem os paulistanos.

Entregue em 2015, o Legend, com 310 apartamentos de 57 m² a 121 m², possui só quatro unidades à venda.

Outra cidade que se firma como opção para os paulistanos é Praia Grande. "A cidade segue o modelo de urbanização de Santos, mas os imóveis ainda são mais baratos", afirma Paulo Pinheiro.

Bruno Santos/Folhapress
Elenir Pizza, 54, em seu apartamento em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo
Elenir Pizza, 54, em seu apartamento em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo

O metro quadrado em Santos custa R$ 7.000. Já na Praia Grande sai por R$ 5.000.

Em outubro, a aposentada Elenir Pizza, 54, pegou as chaves de seu apartamento no edifício Vila Real, na Praia da Tupi, em Praia Grande. Desde então, passa mais tempo lá do que em sua residência atual, em São Caetano do Sul (Grande São Paulo).

"Sempre tive o desejo de morar na praia. É mais tranquilo e me sinto bem, além disso é perto de São Caetano", diz Elenir, que já planeja se inscrever no programa de hidroginástica da prefeitura.

Em seu prédio, outras quatro vizinhas, aposentadas ou próximas a se aposentar, também são da região metropolitana. "Aqui é o prédio do ABCD. E todos viemos para cá pelos mesmos motivos."

Especialista em qualidade de vida da terceira idade, Márcia Sena observa que os idosos hoje querem se manter ativos, e cidades do litoral e do interior oferecem uma boa combinação que permite atividades físicas e entretenimento. "Em cidades menores, as pessoas se ajudam muito, o que é fundamental para a terceira idade", diz.

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