Publicidade

tatuapé/mooca

Comércio muda avenida do Belém e atrai empreendimentos à região

Quem passa esporadicamente pela avenida Cassandoca, no bairro do Belém, vai se surpreender. A avenida de imóveis antigos ganhou nos últimos anos um comércio renovado, com dois centros comerciais com direito a supermercado, padaria, restaurante, pet shop e outros serviços.

A mudança seguiu a chegada de prédios de padrão mais alto aos arredores e evidencia que a região tem demanda por novidades.

Um dos interessados é o jornalista Marcelo Daniel, 33. Ele aproveitou o emprego nas redondezas para sair do centro e se mudar com a mulher para o Belém. "É um bom bairro, perto do metrô e com certos ares de interior que remetem à minha origem. E o mais legal: em constante evolução e crescimento, com novas lojas e serviços", conta.

De acordo com estudo da VivaReal/Geoimovel, a média de preços por metro quadrado do Belém (R$ 5.794) é 21 % mais baixa que a da vizinha Mooca (R$ 7.278).

A diferença é reflexo do histórico do bairro, aponta Aline Borbalan, 32, chefe de inteligência de mercado da Viva Real. "A infraestrutura que o Belém oferece é tradicionalmente de produtos e serviços voltados para um público econômico."

Nascido na Mooca e criado desde os seis anos de idade no Belém, o publicitário Rodrigo Torres, 22, construiu sua vida no bairro.

"Minha família está aqui, e eu só saio da região para trabalhar", afirma.

Para Torres, lugares como a Casa Derby, que "vende absolutamente de tudo" e o Parque Estadual do Belém, onde é possível participar de atividades culturais promovidas por coletivos, são ícones do bairro e mostram que não é necessário ir até o centro de São Paulo para encontrar boa oferta de comércio e lazer.

PONTO DE MIGRAÇÃO

Jovens com famílias na zona leste têm no bairro um ponto de migração, segundo Marcelo Dzik, 37, diretor comercial, de clientes e de TI da construtora Even, uma das que investe na região.

"O Belém é próximo ao centro de São Paulo e de bairros tradicionais, como Ipiranga e Mooca, porém, sua localização estratégica permite ao morador permanecer na zona leste, mantendo características de convívio e relacionamento", afirma.
Segundo Dzik, o perfil do morador que procura o bairro passou a ser do jovem que está saindo da casa dos pais para seu primeiro imóvel.

Como o jornalista Daniel, que reside no bairro desde 2013. "Encontramos na região boas ofertas de imóveis, que estavam dentro do nosso orçamento."

Para atender a essa demanda, as construtoras investem em apartamentos de metragem enxuta e preço compatível.

É o caso do Window Belém e do Verte, ambos da Even.

O primeiro dispõe de unidades com dois a três dormitórios (52 a 61 metros quadrados), com terraço, sala de jogos, academia e brinquedoteca. É vendido a R$ 374 mil.

Já o segundo, mais modesto, possui apartamentos de entre 45 e 59 metros quadrados e preço médio de
R$ 313 mil.

Outra opção na região é o Evolução, da Brasil Brokers, cujos apartamentos têm de 32 a 48 metros quadrados e preço inicial de R$ 215.972.
O condomínio conta com serviços como lavanderia e espaço fitness.

ESPAÇOS

Há também alternativas para aqueles em busca de mais espaço para a família, área verde e opções de lazer.

O Belém Camino, da Cyrela, possui unidades que vão de 65 a 185 metros quadrados de espaço privativo. Na área coletiva, há quadras, brinquedoteca, churrasqueira e uma praça. O preço de uma unidade de 95 metros quadrados é de R$ 774 mil.

Publicidade
Publicidade
Publicidade