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Veja as vantagens e desvantagens dos chuveiros elétrico e a gás

Bruno Santos/Folhapress
Karin Esteves, que teve problemas com o chuveiro a gás
Karin Esteves, que teve problemas com o chuveiro a gás

O chuveiro elétrico, presente em 73% das casas do país, é responsável por um quarto do consumo mensal de energia numa residência com até quatro pessoas, segundo levantamento do Procel (Programa de Conservação de Energia Elétrica do Ministério das Minas e Energia).

"Como utiliza uma resistência para aquecer a água, o equipamento acaba consumindo bastante luz", diz Rubens Leme, coordenador de usos finais e eficiência energética da AES Eletropaulo.

Um consumidor médio da concessionária gasta em torno 250 KW/h por mês -dos quais, 75 KW/h (cerca de R$ 46) são por conta do banho com chuveiro elétrico.

Para quem busca economizar na conta de luz e mora em regiões atendidas pela Comgás, uma opção é utilizar chuveiros a gás. Muitos condomínios horizontais e edifícios estão preparados para esse sistema. Mas também é possível fazer a conversão da ducha elétrica para gás -com a instalação de um aquecedor.

"O diferencial do banho com chuveiro a gás é o conforto. A vazão de água é maior e é possível controlar melhor a temperatura", diz Sérgio Luiz da Silva, diretor comercial da Comgás. O kit de conversão da concessionária custa de R$ 500 e R$ 800.

Apesar da redução do valor da conta de luz, é preciso considerar, após a conversão, o aumento da própria fatura do gás e o do consumo de água (veja o quadro ao lado).

O editor Vanderlei Abreu, que mudou de um apartamento com chuveiro elétrico para um com sistema a gás, diz não ter tido vantagem financeira. "Mas prefiro o banho com chuveiro a gás", diz.

O arquiteto Thiago Papadopoli alerta para o uso correto do aquecedor. "No inverno, é comum as pessoas aumentarem a temperatura. Quanto mais alta, mais caro fica. O ideal é deixar o aparelho com o termostato em torno dos 38°C. Pode demorar a esquentar um pouco, mas o corpo não sente tanta diferença."

A pressão da água é outro fator a considerar no sistema a gás. A revisora de textos Karin Esteves chegou a instalar um pressurizador para tentar aumentar a vazão, mas não adiantou. "Acabamos voltando a usar uma ducha elétrica em outro banheiro da casa."

Para quem não tem a opção de usar um sistema de aquecimento a gás e quer trocar o chuveiro, há aparelhos mais modernos. "As duchas com sistema eletrônico têm controle gradual de temperatura e melhor eficiência energética", diz Alexandre Tambasco, gerente da Lorenzetti.

"Mas antes é preciso checar se a rede elétrica da casa suporta a ligação do novo aparelho", afirma o engenheiro elétrico José Machado.

Banho quentinho

A diferença entre os sistemas

ELÉTRICO

Prós
De fácil instalação, requer nenhuma ou poucas mudanças no banheiro. Os chuveiros mais simples custam a partir de R$ 40. Há opções de aparelhos mais modernos, com pressurizador e até músicas

Contra
Representa cerca de 23% do consumo da conta de luz. Se for mal instalado, pode oferecer riscos para a rede elétrica e até para o usuário. Tem menor vazão de água e não funciona em casos de falta de energia

SOLAR

Prós
O aquecimento solar é a opção que causa menor impacto ambiental e reduz o valor consideravelmente da conta de luz. É indicado para casas e regiões com muita incidência de sol

Contra
o equipamento de captação de energia e o reservatório de água custam a partir de R$ 1.200. Há ainda o custo da mão de obra de instalação e da tubulação para água quente. Não é recomendado para regiões com poucos dias de sol. O sistema depende de backup elétrico ou a gás

A GÁS

Prós
Por ter mais vazão de água, permite um banho mais agradável e melhor controle da temperatura. As duchas mais simples custam em torno de
R$ 150, e os aquecedores mais simples, a partir de R$ 400

Contra
A instalação depende da rede de distribuição de gás que vem da rua ou do condomínio. Requer mão de obra especializada e tubulação específica, o que resulta no encarecimento do serviço. Existe o risco de vazamentos

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