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Apartamentos compactos novos são chamariz no bairro do Bom Retiro

Bom Retiro é o distrito com maior crescimento populacional na cidade de São Paulo nos últimos anos – uma taxa anual 1,52% contra 0,52% no município, entre 2010 e 2017, de acordo com a Fundação Seade (sistema estadual de análise de dados).

O aumento no número de moradores começa a despertar o interesse de construtoras, que lançaram recentemente no bairro dois empreendimentos: o Vita Bom Retiro, da Vitacon, e o Louvre, da Abuhab Construções.

Com previsão de entrega no segundo semestre do ano que vem, o edifício Louvre terá 12 andares e 46 apartamentos de 54 metros quadrados –divididos entre sala, dois dormitórios (sendo uma suíte), cozinha, área de serviço, banheiro e uma vaga na garagem. As unidades custam a partir de R$ 320 mil.

Marcelo Justo/Folhapress
Victor Grimbaum, que se mudou para o Bom Retiro
Victor Grimbaum, que se mudou para o Bom Retiro

Já o Vita Bom Retiro tem uma planta bem mais enxuta. Cada apartamento tem apenas 14 metros quadrados. "A proposta é que os moradores tenham conforto, mas só com o essencial. Muitos clientes compraram uma unidade pensando em futuramente alugar. Entre os que vão morar definitivamente, a maioria é composta de solteiros, jovens e executivos que trabalham no centro", diz Alexandre Frankel, da Vitacon.

O empreendimento terá 280 unidades (com a opção junção dos apartamentos) e facilidades como cozinha gourmet compartilhada, lounge e espaço de coworking. Os moradores ainda terão opção de receber visitas num apartamento comunitário, que funcionará no mesmo esquema de reservas de salão de festas. O metro quadrado custa a partir de R$ 9.000. Segundo a construtora, a previsão de entrega é no primeiro semestre de 2019.

ALUGUEL

Tradicional bairro de imigrantes (leia texto abaixo), o Bom Retiro continua atraindo gente de fora do país –a mais recente onda é de bolivianos– e do Estado. Esse é o caso do escritor Victor Grimbaum, 38. Carioca da Tijuca, vive no bairro há seis meses.

"Cheguei a São Paulo atrás de melhores condições de trabalho, já que a situação no Rio está difícil. No começo, morei em Pinheiros, mas me mudei para cá por causa do aluguel mais baixo", diz.

Quando procurava apartamentos nas zonas sul e oeste, Grimbaun conta que o preço médio do aluguel era de R$ 2.000 para apartamentos entre 40 e 50 metros quadrados. "Isso sem contar as taxas do condomínio. Aqui gasto ao todo R$ 1.900 e moro num apartamento de mais de 100 metros quadrados."

Outra moradora do bairro, a pedagoga Marina Sendacz, 69, aponta a facilidade de transporte e proximidade do centro como outras vantagens do bairro, onde nasceu e foi criada. "Conheço muita gente que vive aqui há décadas. "Outro dia, encontrei com uma colega de primário que não via há tempos."

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