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Obra de escultor italiano no largo do Arouche chocou paulistanos em 1932

O largo do Arouche já foi chamado largo do Ouvidor, largo da Artilharia e também praça Alexandre Herculano, quando servia para treinamentos militares.

O nome atual, de 1954, é uma homenagem ao tenente José Arouche de Toledo Rendon (1756-1834), governante da cidade e diretor da Faculdade de Direito de São Paulo e do Jardim Botânico.

As primeiras lojas surgiram em 1810 e dividiam espaço com uma pequena lagoa, que foi aterrada no século 19.

Em 1909, a APL (Academia Paulista de Letras) instalou ali sua sede, em um edifício tombado pelo patrimônio histórico estadual e projetado pelo francês Jacques Pilon. Foi a proximidade com a sede da APL que fez com o que o governo italiano escolhesse o Arouche para instalar o monumento do imperador romano Otávio Augusto, um presente à cidade em 1948.

Folhapress
Sao Paulo, SP, BRASIL, 04-04-2017: ***Esp Revita Sao Paulo***Especial Largo do Arouche. Fachada do edificio Santa Elisa no Largo do Arouche. Regiao sera revitalizada em projeto da Prefeitura com parceiros internacionais (Foto: Eduardo Knapp/Folhapress, Revista Sao Paulo).
Largo do Arouche, no centro de São Paulo, em 1954

Outras obras famosas também estão ali. A escultura "A Menina e o Bezerro", do carioca Luiz Christophe, foi encomendada pelo prefeito Raymundo Duprat. Já em 1932, a obra de nudez "Depois do Banho", do italiano Victor Brecheret, chocou a sociedade ao ser instalada no largo.

O Mercado de Flores chegou em 1953, quando feirantes que trabalhavam como ambulantes ganharam a permissão da prefeitura para instalar suas barracas.

Martinho Alexandre, 82, está há 64 anos no largo e faz parte da segunda geração de sua família no Mercado de Flores. "Naquela época a região era muito bem ajardinada, frequentada pelas classes mais altas da cidade, havia até um cocho para os cavalos beberem água", conta.

Ele também cita os restaurantes que estão no local até hoje, como o francês La Casserole, que pertence à mesma família há mais de 60 anos, e a cantina O Gato que Ri, com mais de 50 anos de tradição. Agora, esses estabelecimentos dividem espaço com lojas, escritórios de arte, arquitetura e design, coworkings e bares frequentados pelo público LGBT.

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