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novos jeitos de morar

Para paulistano, condomínio vale pela segurança

A segurança é a principal qualidade dos condomínios paulistanos, aponta pesquisa Datafolha. Mais de um quarto dos entrevistados (26%) elegeu o item como a maior vantagem do prédio em que moram, acima de atributos como localização (7%) e áreas de lazer (6%).

A sensação de segurança foi fator decisivo para a aposentada Elisa Levenstein, 52, na hora de escolher o condomínio em Santana, na zona norte da cidade, para onde se mudou em 2004. "Eu até gostaria de morar em uma casa, mas sinto que estou mais protegida dentro de um condomínio. Tenho três filhos, de 27, 23 e 22 anos, que chegam em casa de madrugada nos fins de semana", diz.

Qual a principal qualidade do condomínio em que você mora?* - Em %

O prédio em que mora tem câmeras de segurança, portaria 24 horas, identificação nos carros e botão de pânico no controle da garagem. Para Levenstein, isso é só parte da estratégia. Ávida participante do grupo de WhatsApp formado pelos moradores está sempre alerta ao que acontece na vizinhança e compartilha notícias de assaltos.

Ela quer agora mobilizar os vizinhos para criar uma cartilha a ser mantida na portaria com nomes e telefones de prestadores de serviços, a fim de evitar golpes e invasões.

Alberto Rocha/Folhapress
Vista do 18º andar do prédio da aposentada Elisa Levenstein, localizado em Santana, na zona norte de São Paulo
Vista do 18º andar do prédio da aposentada Elisa Levenstein, localizado em Santana, na zona norte de SP

Na Casa Verde, também na zona norte, o comerciante Albertino Aguiar Neto, 51, mobilizou seus vizinhos. Há sete meses, criou um grupo que se reúne regularmente para discutir medidas de segurança, como a instalação de câmeras, cercas elétricas e a altura de muros.

"A partir dali, a comunicação já melhorou muito. Pessoas que mal se conheciam passaram a conversar e cuidar umas das outras", diz.

A comunicação se dá via WhatsApp, em um grupo formado por cerca de 250 moradores, um capitão e dois sargentos da polícia militar.

Apenas três meses após a implantação do projeto, os índices de criminalidade na vizinhança diminuíram 70%, segundo o capitão da polícia Isaac Jurado, que coordena o programa Vizinhança Solidária, uma parceria da polícia com moradores para redução da violência.

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