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Guarulhos é a cidade que mais recebe paulistanos na Grande São Paulo

Guarulhos é a cidade dos arredores de São Paulo que mais atraiu compradores de imóveis paulistanos entre janeiro de 2014 e outubro de 2017, segundo pesquisa realizada pela imobiliária Lopes em novembro deste ano.

Quase a metade (42%) dos paulistanos que optaram por comprar imóveis fora de São Paulo escolheu Guarulhos, de acordo com o estudo. A segunda colocada, Diadema, atraiu 28% dos compradores com esse perfil.
Para Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário), essa preferência se dá por um conjunto de fatores.

"É claro que o preço do imóvel em Guarulhos é menor do que um similar na zona norte da capital", afirma. Mas, segundo ele, essa não pode ser a única explicação, já que Osasco e Cotia, por exemplo, têm preços próximos aos de Guarulhos e não atraem tanta gente.

Raquel Cunha - 18.jun.2015/Folhapress
GUARULHOS, SP, BRAZIL - 18.06.2015 - O ABC e a regiao da grande Sao Paulo teve os melhores numeros de lancamentos e vendas imobiliarias em comparacao a capital. Parque Shopping Maia e empreendimento Cidade Maia em Guarulhos. (Foto: Raquel Cunha/Folhapress, SUP-IMOVEIS) ***EXCLUSIVO***
Empreendimento residencial Cidade Maia, da incorporadora Eztec, localizado ao lado do Parque Shopping Maia, em Guarulhos

Para o economista, o fator-chave pode ser outro. "Guarulhos tem uma localização interessante do ponto de vista da mobilidade, pela existência das rodovias Dutra e Ayrton Senna", explica. "E ela também é a segunda maior cidade do Estado. Existe uma oferta de empregos e de serviços muito grande", afirma Petrucci.

Foi o que atraiu a aeroviária Monica Matsumoto, 31. Moradora de Guarulhos há cerca de quatro anos, ela desistiu de fazer o trajeto de onde morava, no bairro de Perdizes, zona oeste de São Paulo, até o aeroporto.

"Era muito desgastante fazer esse caminho de carro todos os dias. Levava em média duas horas para ir e duas para voltar do trabalho. Hoje, levo de 10 a 15 minutos", conta Monica.

"Quem não conhece Guarulhos fica com certo receio na hora da mudança. Acha que vai ser tudo muito longe e que não vai valer a pena", afirma. Segundo ela, muitos dos seus amigos estranharam quando ela contou que iria se mudar para lá.

"Sinceramente, gosto bastante daqui. O bairro onde moro, o Jardim Barbosa, tem todas as facilidades de São Paulo, inclusive barzinhos e restaurantes bons. É até difícil eu precisar ir para lá", diz.

Para Mateo Cuadras, CEO do portal imobiliário Imovelweb, a cidade é um lugar com muitas oportunidades.

"Guarulhos tem um mercado com muita movimentação. O preço médio dos imóveis é quase a metade do de São Paulo", diz Cuadras.

"São ofertas de maior metragem, maior qualidade e menores custos. O preço a se pagar é que, se você trabalha em São Paulo, vai sofrer com um transporte público complicado", conclui Cuadras.

A advogada Stéphanie Chimatti, 28, que se mudou no final de 2012 de São Paulo para Guarulhos, concorda. "Eu me mudei para cá quando casei com meu marido. Queríamos continuar em São Paulo, mas os valores aqui eram muito mais em conta", diz.

"Fora o transporte público, não tenho do que reclamar", diz Chimatti, que se desloca para São Paulo todos os dias de carro.

Nos últimos três anos, de acordo com pesquisa realizada pelo portal imobiliário VivaReal, foram lançadas 7.541 unidades em 34 empreendimentos em Guarulhos, a um preço médio de R$ 4.398 o metro quadrado.

São obras como o Cidade Maia, da Eztec, localizado nas proximidades do Bosque Maia e do Parque Shopping Maia, na região central da cidade. Com cinco condomínios distribuídos por nove torres, o empreendimento conta com unidades que vão dos 38 aos 154 metros quadrados.

Outro exemplo é o Compasso, da Plano&Plano, próximo do Shopping Internacional de Guarulhos. O prédio tem apartamentos de 60 metros quadrados, com preços a partir de R$ 310 mil.

"O mercado em Guarulhos mudou um pouco nos últimos dez anos", diz Luiz Armando Fairbanks, gerente-geral de incorporação da Compasso.

"Quando começamos a trabalhar na cidade, em 2007, havia muita oferta de terrenos, o que permitia construir produtos muito acessíveis. Com o tempo, os preços subiram, e o mercado sofreu um pouco nos últimos anos", afirma Fairbanks.

Para ele, a solução agora é investir na construção. "Produtos com algum diferencial sofrem menos, mesmo nos momentos difíceis do mercado", diz o gerente-geral.

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