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Veja peças clássicas da decoração e saiba como usá-las em casa

Na decoração, clássico é o que tem personalidade. Se as tendências vêm e vão, os objetos e móveis que resistem ao tempo são aqueles que se destacam por romper com os padrões estéticos da época em que foram criados.

"São peças senhoras de si mesmas, com uma presença tão forte que permanecem para sempre", afirma a designer de interiores Neza Cesar.

Para ela, o estilo clean, neutro e minimalista, não é sinônimo de uma decoração atemporal. "Isso é uma moda e também vai passar. Atemporal é o que tem autenticidade", afirma.

Clássicos, como a poltrona Luís 15, criada no século 18 na França, são fáceis de combinar e caem bem em qualquer ambiente. Por isso, sobrevivem nas casas por gerações, se adaptando a cada estilo que por ali passa.

"Essas peças continuam sendo usadas por séculos porque têm um design bem resolvido, com visual e ergonomia bem feitos", afirma a arquiteta Zize Zink.

O bom desenho persiste, mas os materiais podem ser modernizados. "É permitida uma liberdade poética. Os clássicos ganham novas roupagens, atuais e divertidas", diz o designer de interiores Fernando Piva.

Originais ou cópias, os itens eternos podem se renovar a cada tendência, ganhando releituras com diferentes tecidos, cores e revestimentos. "Essas peças perduram justamente porque permitem ser revisitadas de outras formas", afirma o arquiteto Thales Drummond.

Se os clássicos sempre caem bem, talvez a única regra seja não exagerar –afinal, são itens com muita personalidade. Por exemplo, colocar oito poltronas Luís 15 na mesa de jantar. "São peças que levam sofisticação ao ambiente, mas é preciso ter cuidado para não pesar. O ideal é que sejam o destaque da decoração", diz Drummond.

A seguir, veja alguns exemplos de móveis, objetos e materiais clássicos sugeridos por arquitetos e designers de interiores e saiba como usá-los.

Divulgação
Projeto do designer de interiores Fernando Piva
Projeto do designer de interiores Fernando Piva

POLTRONA BARCELONA

Popular em escritórios, a cadeira foi projetada pelo arquiteto alemão Ludwig Mies van der Rohe (1886-1969) em parceria com a designer Lilly Reich (1885-1947) para acomodar o rei e a rainha da Espanha no Pavilhão Alemão da Exposição Internacional de Barcelona, em 1929. Apesar disso, Afonso 13º e Vitória Eugénia de Battenberg nunca se sentaram nela.

A peça passou a ser produzida comercialmente só em 1953, quando o arquiteto vendeu seus direitos à fábrica norte-americana Knoll. Uma peça original custa a partir de US$ 5.991 (R$ 19.292), mas não faltam réplicas no mercado.

No projeto acima, o designer de interiores Fernando Piva usou um par de poltronas e uma banqueta no mesmo estilo. "São peças coringas e confortáveis."

Caca Brakte/Divulgação
Projeto da arquiteta Zize Zink
Projeto da arquiteta Zize Zink

LUMINÁRIA ARCO

A peça nasceu para resolver um problema prático: ter um pendente que não precisasse de furos no teto para sua instalação. Um poste de rua foi a inspiração de seus criadores, os irmãos Castiglioni, Pier Giacomo (1913-1968) e Achille (1918-2002).

Ao inserir um arco de aço em um pedestal de mármore, os designers italianos criaram um pendente capaz de iluminar objetos a mais de dois metros de distância da base. Fabricada pela marca italiana Flos, uma Arco original custa a partir de US$ 2.995 (R$ 9.644).

No projeto da foto acima, a arquiteta Zize Zink escolheu a luminária Arco para destacar e jogar luz sobre a mesa de jantar com tampo de vidro

Divulgação
Projeto do arquiteto Thales Drummond
Projeto do arquiteto Thales Drummond

POLTRONA LUÍS 15

Requintado e cheio de adornos, esse estilo surgiu na França no reinado de Luís 15, no século 18. A poltrona é seu maior expoente, com pernas curvas, assento e encosto acolchoados. Hoje, é muito difícil encontrar uma peça original da época, mas há muitas réplicas.

Na sala da foto acima, o arquiteto Thales Drummond combinou a cadeira com móveis de linhas retas e cores neutras. "É importante misturar com outros estilos para não ficar carregado", afirma. As poltronas ficam bem em diferentes espaços e podem dar destaque ao canto de uma sala ou de um quarto.

Também dão um ar de sofisticação ao ambiente, mas é bom não abusar, diz o arquiteto. Uma ou duas peças são suficientes para adornar um cômodo, sob o risco de que fique parecido com um palácio

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