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zona sul de são paulo

Metrô coloca Vila Mascote e Chácara Flora no radar do mercado imobiliário

Nos arredores de Santo Amaro, os bairros de Vila Mascote e Chácara Flora têm atraído os olhares dos paulistanos e das incorporadoras e, aos poucos, se consolidam como uma alternativa mais acessível a endereços cobiçados da zona sul, como Brooklin, Campo Belo e Moema.

Segundo levantamento do Grupo ZAP Viva Real, os dois bairros voltaram a receber empreendimentos em 2017, depois de passarem o ano anterior fora do radar do mercado imobiliário.

Com muitas áreas ainda ocupadas por casas, tanto Vila Mascote quanto Chácara Flora ainda têm espaço para novos prédios subirem. "O metro quadrado, que já chegou em R$ 15 mil em Moema, ainda é encontrado ali por R$ 8.000", diz o diretor de atendimento ao incorporador da Lopes, Belmiro Quintaes.

A construtora JZM chegou à Vila Mascote em 2008, quando era ainda um bairro novo para o mercado imobiliário, segundo Daniela Tardelli, administradora da empresa. "Ele foi se modificando e hoje oferece bastante estrutura, com padarias, academias e lavanderias."

No ano passado, a JZM entregou o Symphonie, com apartamentos de 149 metros quadrados na faixa de R$ 1,3 milhão. Para o ano que vem, planeja finalizar o Opus 95, com unidades de 165 metros quadrados a R$ 1,6 milhão.

Alberto Rocha/Folhapress
Vista do Symphonie, empreendimento da JZM na Vila Mascote
Vista do Symphonie, empreendimento da JZM na Vila Mascote

MOBILIDADE

O novo eixo de transporte público criado com a inauguração, em setembro passado, das estações Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin da Linha 5-Lilás do metrô também ajudaram a trazer os lançamentos de volta à região.

"Tínhamos um estoque de 30% e, depois da inauguração das estações, foi tudo embora rapidinho", conta Lucas Araujo, gerente de marketing da construtora Trisul.

Ele se refere ao Latitude, empreendimento da construtora entregue no ano passado e que tem apenas 4 das 64 unidades de 89 metros quadrados livres. Elas são vendidas na faixa dos R$ 775 mil.

Emílio Fugazza, diretor financeiro da construtora Eztec, cita as mudanças prometidas para o entorno com a reformulação da avenida Jornalista Roberto Marinho, que inclui o monotrilho da Linha Ouro, adiado para fim de 2019, e moradias populares nas áreas irregulares.

"São bairros de classe média que, com o aumento do preço nos vizinhos, passaram a atrair a classe média alta também", diz Fugazza.

Alberto Rocha/Folhapress
Piscina coberta do prédio Symphonie, da JZM, na zona sul
Piscina coberta do prédio Symphonie, da JZM, na zona sul

A construtora está erguendo seu quinto condomínio na Vila Mascote, o Up Home, que deve ficar pronto em 2019, com apartamentos de dois quartos e 67 metros quadrados, a partir de R$ 445 mil.

Já a construtora Helbor entregou no ano passado o UP Village, uma torre com apartamentos de um e dois dormitórios, de 65 a 86 metros quadrados, a partir de R$ 435 mil.

"Devido ao momento econômico, houve menos lançamentos no mercado imobiliário como um todo, mas agora há uma retomada gradual e a Vila Mascote faz parte deste processo", explica Marcelo Bonanata, diretor de vendas da Helbor.

Na Chácara Flora, a vocação é parecida, atraindo principalmente famílias e jovens casais em busca de preços mais em conta.

"Lançamos o Unitá no ano passado na Rua das Flechas e há um mês compramos mais um terreno na mesma rua, que está em fase de planejamento", conta o diretor da Diálogo Engenharia, Fabio Verçosa.

Alberto Rocha/Folhapress
Sala do apartamento decorado do empreendimento UP Village, da Helbor, na Vila Mascote
Sala do apartamento decorado do empreendimento UP Village, da Helbor, na Vila Mascote

O Unitá está sendo erguido em um terreno de 3.000 metros quadrados. Serão 191 apartamentos, de dois e três dormitórios, com opções de plantas de 64 a 87 metros quadrados. Os preços variam de R$ 450 mil a R$ 770 mil.

A entrega deve ocorrer em 2020, segundo Verçosa.

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