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Zona Oeste

Em um ano, novos imóveis se multiplicam no Butantã

O número de unidades residenciais lançadas no bairro do Butantã mais que quadruplicou em um ano: foi de 400 em 2016 para 1.868 em 2017, de acordo dados do Grupo Zap Viva Real.

A proximidade com o centro expandido de São Paulo e o custo de vida relativamente baixo, comparado à média da zona oeste, são os principais fatores para esse crescimento, segundo as construtoras responsáveis pelos últimos lançamentos na região.

Para Juliana Cambur Berger, diretora da Cambur Construtora e Incorporadora, pesam também o fato de o bairro ser bem arborizado e abrigar o principal campus da Universidade de São Paulo.

Alberto Rocha/Folhapress
Vista da piscina do empreendimento Smiley Home Resort, da Tegra, na região do Butantã
Vista da piscina do empreendimento Smiley Home Resort, da Tegra, na região do Butantã

A empresa já entregou mais de 500 apartamentos no bairro, em seis empreendimentos. O mais recente é o Magical Home Butantã, com dois modelos diferentes de apartamentos do tipo estúdio de 37 metros quadrados.

O empreendimento deve ser entregue até dezembro de 2018 e tem unidades a partir de R$ 334,2 mil.

Segundo Berger, entre os principais compradores estão investidores que alugam para estudantes da universidade e jovens que buscam o primeiro apartamento.

A proximidade do trabalho e a oferta de serviços foram os principais motivos que levaram o cientista de dados Gabriel Galvão Garbes, 30, a se mudar para o Butantã.

Ele vive, há um ano, em um conjunto de torres no Jardim Bonfiglioli, um subdistrito do bairro, e disse que só encontrou vantagens desde que foi morar por lá.

"Na região, tem tudo disponível. Desço de chinelo e bermuda do prédio e saio para fazer mercado, farmácia, tomar um café", conta.

A mobilidade também é melhor do que a da Lapa, onde vivia anteriormente. "Chego em até meia hora ao trabalho, na avenida Faria Lima, no horário de trânsito da manhã. E na região ainda tenho muitas saídas, para as marginais, para o Rodoanel e para a rodovia Raposo Tavares", afirma Garbes.

Ricardo Pajero, que é gerente comercial da MAC Construtora e Incorporadora, diz que há outra característica muito própria do bairro: quem se muda para o Butantã não planeja mais sair de lá.

"O Butantã tem um potencial muito grande. Atrai público morador de Osasco, de Cotia, da Granja Viana e de quem quer estar mais perto de São Paulo", afirma.

Há um ano, a MAC estreou na região lançando o empreendimento Passeio do Bosque. São seis torres com apartamentos de dois a quatro dormitórios e áreas que vão de 58 a 157 metros quadrados. As unidades custam a partir de R$ 424 mil.

CRESCIMENTO

Moradora do Butantã desde os 13 anos, a executiva Andrea Carvalho Sarmento, 47, afirma que nunca cogitou se mudar dessa área.

Ela lembra que o bairro, que sempre teve muitas casas, ganhou uma maior oferta de transporte e serviços com a chegada dos primeiros prédios.

"O comércio era bem precário na época em que mudei para cá, em 1983. Só existia uma escola particular e quase não havia linhas de ônibus", conta ela.

"Com mais pessoas no bairro, a exigência de infraestrutura cresceu, e o bairro também", afirma.

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