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centro e zona norte

Pirituba concentra um quarto dos novos empreendimentos da zona norte

Pirituba concentrou sozinho um quarto dos lançamentos imobiliários na zona norte de São Paulo nos últimos cinco anos e foi o campeão de novos imóveis em toda a cidade em 2017.

As construtoras lançaram 5.189 unidades no bairro entre 2013 e 2017 –das quais 3.128 foram anunciadas só no ano passado, segundo a pesquisa do Grupo Zap VivaReal.

O Butantã, na zona oeste, aparece em segundo lugar, com 1.868 lançamentos.

Rubens Cavallari/Folhapress
Terreno onde é construído o megacondomínio Grand Reserva Paulista, da MRV, em Pirituba Rubens Cavallari/Folhapress
Terreno onde é construído o megacondomínio Grand Reserva Paulista, da MRV, em Pirituba

Esse volume de prédios em Pirituba se deve, principalmente, a megaprojetos como o da mineira MRV Engenharia. Batizado de Grand Reserva Paulista, tem 51 torres de 16 andares, distribuídas em 25 condomínios, com um total de 7.296 apartamentos. Todas reunidas no mesmo terreno.

São apartamentos que custam até R$ 240 mil e possuem cerca de 45 metros quadrados.

O primeiro dos prédios deve ser entregue em dezembro deste ano.

"Investimos R$ 1 bilhão nesse empreendimento", diz Sergio Paulo Amaral, diretor comercial da construtora.

Há nove anos, a empresa adquiriu uma área na avenida Raimundo Pereira de Magalhães, mas foi só em 2016 que conseguiu a aprovação da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento.

A demora se deve a uma série de contrapartidas, que segundo a subprefeitura regional, servirão para a melhoria da segurança, da acessibilidade –como ciclovia e alargamento da avenida–, e dos equipamentos públicos.

O projeto terá um CEI (Centro de Educação Infantil), duas praças públicas com internet, 50 câmeras de monitoramento interligadas ao comando da Guarda Civil Metropolitana e uma base da Polícia Militar. Haverá ainda um pequeno centro comercial.

Nos entornos da avenida Raimundo Pereira de Magalhães, a mais importante do bairro, que dá acesso à marginal Tietê e às rodovias Bandeirantes e Anhanguera, estão a maioria dos lançamentos.

Segundo Nabil Bonduki, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, a escolha do local não é coincidência. As "bordas" do bairro, próximas às grandes vias e também a uma estação a da linha Rubi da CPTM, são ideais para esse tipo de megaempreendimento, por facilitar o acesso de um grande volume de moradores ao resto da cidade.

Para as construtoras, ajuda o fato de haver grandes terrenos vazios disponíveis –apenas um terço das construções de Pirituba são prédios.

No número 2.815 da avenida está o Maxi, da construtora PDG, entregue em 2017, em uma área de quase 5.000 metros quadrados.

Os apartamentos tem entre 50 e 52 metros quadrados, dois dormitórios, em uma torre única de 19 andares. Os imóveis são vendidos a partir de R$ 295 mil.

A menos de três quilômetros dali, estão os três lançamentos da construtora Econ. Em um terreno de 100 mil metros quadrados, quase a metade dele de área verde preservada, o New City terá três empreendimentos com duas torres cada um, ao estilo condomínio clube.

Os apartamentos são compactos, entre 40 e 49 metros quadrados. As áreas de lazer têm piscina, churrasqueira e quadra esportiva. Os imóveis são vendidos por cerca de R$ 199 mil.

Esses não são os primeiros bairros planejados de Pirituba. Na década de 1970, a Cia City construiu o City América, hoje um bairro arborizado, com o mesmo conceito que deu origem a outros mais centrais, como o Pacaembu e Jardim América.

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5.189
apartamentos foram lançados no bairro entre 2013 e 2017, segundo levantamento do Grupo Zap VivaReal

3.128
deles apenas no ano passado, mais que o triplo de 2016, quando o bairro recebeu 849 novos imóveis

70%
dos novos empreendimentos da zona norte em 2017 estão em Pirituba

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