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osasco, guarulhos e alphaville

Bairros planejados perto de rodovias alteram o perfil da Grande SP

Terrenos próximos a rodovias e grandes o suficiente para abrigar condomínios com dimensões de bairros inteiros são o foco do setor imobiliário para a próxima década em Osasco e Guarulhos, na Grande São Paulo.

Na zona norte de Osasco, uma operação urbana recém-lançada pela prefeitura visa atrair empreendimentos para a Fazenda Paiva Ramos, uma área majoritariamente verde de 1,8 milhão de metros quadrados na divisa com São Paulo e Santana de Parnaíba.

A construtora WTorre tem planos de erguer um complexo residencial na região. O projeto aguarda a aprovação da prefeitura, segundo o secretário municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano de Osasco, Ângelo Melli.

Segundo Melli, a expectativa é também do surgimento de um novo bairro planejado na zona oeste. Ali, há o projeto Nações Unidas, da Enter Land Empreendimentos Imobiliários. Com dezenas de torres residenciais e comerciais, faculdade, hospital, shopping e parque, deve ocupar 500 mil metros quadrados em uma área entre o rio Tietê e as estações Quitaúna e Comandante Sampaio da linha 8 da CPTM. Ainda não há previsão para o início das obras.

As regiões coladas às autoestradas também são o futuro do mercado imobiliário de Guarulhos, na opinião do secretário de Desenvolvimento Científico, Econômico, Tecnológico e Inovação da cidade, Rodrigo Barros.

Grandes terrenos disponíveis, com acesso fácil ao aeroporto internacional e às rodovias Presidente Dutra, Fernão Dias e Hélio Smidt, atraem, em especial, empreendimentos voltados para o fluxo de mercadorias, como centros de distribuição e condomínios logísticos.

Para o secretário, os empreendimentos de uso misto comercial e residencial, dirigidos aos públicos de médio e alto padrões, devem continuar concentrados no centro por um bom tempo.

Na região vizinha de Alphaville, o foco é outro. Como não há a mesma oferta de grandes terrenos, a tendência é que os empreendimentos se desloquem para as fronteiras bairros de Barueri e Tamboré, segundo Leonardo Rodrigues da Cunha, gerente geral da Associação Residencial e Empresarial Alphaville.

Eles devem ser ocupados, principalmente, por profissionais que trabalham no grande número de imóveis comerciais da cidade. Por isso, afirma Cunha, os novos prédios serão voltados à classe média.

"Temos 70 mil moradores e uma população flutuante de 200 mil pessoas, gente que trabalha em Alphaville e, com o tempo, tende a se mudar para perto do trabalho."

O professor do núcleo de Real Estate da Universidade de São Paulo João da Rocha Lima concorda. "A demanda por imóveis para a classe média baixa deve pautar os investimentos na Grande São Paulo nos próximos anos. Em Alphaville, isso significa sair da região dos condomínios de luxo."

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