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osasco, guarulhos e alphaville

Megacondomínios puxam crescimento de Osasco, na Grande São Paulo

Entre os municípios da região metropolitana de São Paulo, nenhum recebeu mais apartamentos nos últimos cinco anos do que Osasco, localizado na divisa com a zona oeste da capital.

Foram lançados 19.741 imóveis na cidade entre 2013 e 2017, segundo levantamento do Grupo Zap VivaReal.

Esse número corresponde a 30% das novas unidades da região pesquisada, que engloba Osasco, Guarulhos, Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema, São Caetano do Sul e Alphaville.

Mais importante que a quantidade de empreendimentos que escolheram Osasco nos últimos anos (102) é o tamanho deles, de acordo com Cristiane Crisci, gerente de inteligência de mercado do Grupo Zap VivaReal.

"São condomínios com muitas torres. Osasco conta com 194 unidades por empreendimento, enquanto Santo André, por exemplo, tem 74. Esses grandes condomínios são praticamente bairros novos na cidade", diz Crisci.

É o caso do Jardins do Brasil, da Eztec. Distribuídas em um terreno de quase 70 mil metros quadrados, as quatro torres residenciais do empreendimento somam mais de 2.000 apartamentos.

Três dos prédios já foram entregues, e um quarto, o Atlântica, tem a conclusão prevista para setembro. Um apartamento ali, que pode ter área de 89 a 125 metros quadrados, custa a partir de R$ 389 mil.

Uma quinta torre deve ser lançada até o começo do ano que vem, segundo a Eztec.

"Foi o nosso primeiro empreendimento em Osasco", diz Alexandre Tagawa, publicitário da incorporadora. "Nos bairros de São Paulo próximos da região, como Butantã, não há condições para empreendimento nessas dimensões."

O preço médio do imóvel em Osasco, em torno de 40% mais barato que o da capital também é um atrativo, segundo Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, sindicato de habitação.

De acordo com dados da entidade, o metro quadrado em Osasco está em R$ 5.715. No bairro vizinho do Butantã, chega a R$ 8.627.

"A renda per capita da cidade também é boa, fazendo com que seja um mercado promissor em termos de compradores e altamente atrativo para o mercado imobiliário", afirma Petrucci.

Maurício Michelis, diretor da Tecnofort, incorporadora osasquense com mais de 20 anos de mercado, testemunhou essa atratividade.

Entre os lançamentos recentes da Tecnofort na cidade está o Horizon Residencial, com plantas de 56 a 72 metros quadrados. Os apartamentos são vendidos a partir de R$ 390 mil.

"De uns tempos para cá, muitas construtoras de fora acabaram vindo para Osasco", conta Michelis. "Nunca fomos para São Paulo, porque sabemos que lá a briga é de cachorro grande. O problema é que nos últimos anos os cachorros grandes é que acabaram vindo para cá."

A "forasteira" Gamaro, com sede em São Paulo, escolheu Osasco para lançar o projeto Piscine Home Resort.

Com mais de 13 mil metros quadrados de terreno, o complexo de três torres conta com apartamentos que vão de 40 a 78 metros quadrados, além de uma área de lazer com piscina de 50 metros de comprimento e um toboágua.

Os apartamentos são vendidos a partir de R$ 310 mil.

A Gafisa, por sua vez, combinou casas térreas com edifícios residenciais no projeto do Lorian Boulevard, localizado na Vila São Francisco, próxima da divisa com a capital.

Um dos empreendimentos ali será o Belvedere, com duas torres de 27 andares cada uma e 266 apartamentos, sendo que as metragens variam de 84 a 225 metros quadrados. Há ainda quatro unidades dúplex. A entrega está prevista para 2021.

"Seria impossível fazer algo assim em São Paulo", explica Lucas Tarabori, diretor-executivo comercial da Gafisa. "O terreno é muito grande, o custo seria alto demais. Por isso, viemos para as bordas da cidade. O mercado precisa se reinventar."

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