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Casacor 2018

Apoiados por marcas, grandes nomes voltam ao elenco de expositores da Casacor

Após algumas edições fora do elenco da Casacor por motivos que vão desde trabalhos internacionais até a crise econômica, grandes nomes da arquitetura, do paisagismo e do design de interiores retornam à mostra neste ano com projetos grandiosos.

A arquiteta Débora Aguiar, que volta ao evento após cinco anos de ausência, projetou uma casa com 1.100 m² para a mostra, em parceria com a Cosentino. O imóvel é todo envidraçado e voltado para um jardim com palmeiras, bromélias e uma piscina de 15 metros.

O maior desafio, segundo ela, foi colocar a estrutura de pé em 30 dias. "E é mais difícil criar quando não há um cliente dando diretrizes. As possibilidades ficam muito abertas", afirma Débora, que comemora 15 anos de Casacor.

No período em que ficou fora da mostra, a arquiteta esteve envolvida com a construção de um hotel em Miami, nos EUA, e com o projeto de revitalização do antigo Hotel Nacional, no Rio, projetado originalmente por Oscar Niemeyer e reinaugurado em 2016 com o nome de Gran Meliá Nacional Rio.

O destaque para projetos de arquitetura, não apenas de design de interiores, é um dos diferenciais da mostra deste ano, diz o arquiteto Dado Castello Branco, que estreou no evento em 1998 e, após um ano fora, volta a participar.

Ele apresenta uma casa de dois andares feita com materiais sustentáveis e integrada ao verde da área externa. "Todo mundo investiu muito neste ano", afirma. "Representa um início da saída da crise."

O arquiteto paulistano João Armentano, de volta após três anos, diz que, na esteira da crise, participar da mostra era "praticamente impossível". "O mercado estava inseguro, faltavam investimentos, e fabricantes não estavam lançando produtos", diz. "Agora, as ações foram reiniciadas."

Em parceria com a Todeschini, ele projetou uma casa de 307 m², em formato de ferradura e com linguagem minimalista, integrada à área externa, onde há uma oliveira de 300 anos.

A área externa é a especialidade do paisagista Roberto Riscala, que começou na mostra em 1991 e ficou fora nas duas últimas edições. Ele projetou um jardim de 275 m², com plantas comestíveis, parede viva e bonsai de frutíferas.

A proposta é desconstruir o conceito tradicional de jardim e refletir sobre o futuro. "Não é preciso ter um jardim grande para ter um jardim", diz. "Acredito que a tendência é a volta das plantas para dentro de casa."

Alguns medalhões buscaram inspirações em outros países para seus projetos. Por exemplo o arquiteto Roberto Migotto, que projetou uma casa dentro de uma área de 600 m² inspirada na riad, construção tradicional do Marrocos. Esta é a sua 21ª participação na mostra -a última foi em 2016.

O ambiente tem muxarabis (painéis vazados), pisos de granilite e um espelho d'água. O projeto é uma parceria com a loja de móveis Bontempo.

Já o arquiteto Osvaldo Tenório criou um hall de entrada, uma sala de banho e uma cisterna, em parceria com a Deca, com quase 80 mil litros d'água, inspirada na Cisterna da Basílica, em Istambul, na Turquia. A proposta é "fazer os visitantes refletirem sobre a importância do consumo consciente da água".

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