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As lições do tênis para empresários que querem chegar ao topo

As Olimpíadas seguem a todo vapor. E os nossos artigos relacionando modalidades esportivas ao universo empreendedor também.

Agora, vamos tratar de um esporte em que confiança faz toda a diferença; em que qualquer deslize pode ser fatal e em que o aspecto emocional pode definir a vitória ou a derrota de um jogador: o tênis.

Cheng Min/Xinhua
O tenista britânico Andy Murray durante partida da semifinal do tênis masculino nos Jogos Olímpicos do Rio-2016
O tenista britânico Andy Murray durante partida da semifinal do tênis masculino nos Jogos Olímpicos do Rio-2016

PREPARAÇÃO PARA A PARTIDA

As semelhanças surgem antes mesmo da entrada em uma quadra. Assim como o tenista deve analisar as fraquezas e as habilidades dos adversários, você deve estudar profundamente o mercado e os concorrentes do setor em que pretende atuar. Não por acaso, chamados players. Só assim você conseguirá desenhar uma estratégia competitiva que possa se provar vencedora.

Há outro aspecto pré-jogo que tem tudo a ver com empreendedorismo: o psicológico. Pode perguntar para quem joga ou para quem acompanha o esporte sobre o que acontece quando um jogador não acredita em si mesmo.

No tênis, se um atleta entra em quadra com "cabeça de vencedor", as chances de sair vitorioso são bem maiores do que se ele visse o adversário como mais forte ou até mesmo mais experiente.

No âmbito dos negócios, também é assim. A confiança no seu produto ou na sua empresa faz toda a diferença na hora de entrar em um mercado, seja ele novo ou já estabelecido.

A prova disso é ninguém menos do que nossa maior estrela na modalidade: Gustavo Kuerten. Também dono de uma bem-sucedida trajetória empreendedora, o tricampeão de Roland Garros participou do Day 1 e compartilhou, com uma plateia encantada, os aprendizados proporcionados pelo tênis.

Um dos trechos mais inspiradores é aquele em que Guga relata a final de Roland Garros de 2000, contra o sueco Magnus Norman. Ele se lembrou de como, na acirradíssima disputa pelo último ponto, transitou mentalmente entre a vitória e o fracasso por quase 50 minutos, até que manteve o foco e conseguiu vencer, consagrando-se bicampeão.

"A confiança e a convicção de que o Larri [Passos, técnico] falava muito foram me ajudando a dar os pontos na trajetória, a conseguir as vitórias". E conclui: "nossa capacidade é inimaginável".

ENTRANDO EM QUADRA

Você já fez suas pesquisas? Estudou com cuidado a concorrência? Testou a viabilidade da sua ideia? Então é hora de ir para a quadra. Ou melhor, para o mercado.

Neste momento confiança também é indispensável, porque é quando as habilidades e as fraquezas da sua empresa serão colocadas em jogo; é quando a estratégia que você desenvolveu será posta à prova.

Antes de mais nada, é fundamental entender que, por se tratar de uma disputa, contratempos certamente surgirão.

Há muitas variáveis em jogo: um saque difícil, ou um ótimo produto do concorrente, uma bola no contrapé, ou o dólar alto, erros não forçados, ou as decisões estratégicas equivocadas. Mas, independente de tudo isso, só a confiança no seu próprio potencial pode te ajudar a contornar o momento ruim.

A IMPORTÂNCIA DA PERSISTÊNCIA

Luiz Mattar, outro renomado tenista que seguiu carreira empreendedora (é presidente da Tivit), conta neste vídeo sobre os ensinamentos trazidos do esporte. Ele comenta que um tenista profissional iniciante costuma ter duas possibilidades diante de si: disputar torneios internacionais menores para acumular pontos e subir no ranking ou partir para os maiores classificatórios.

Quando jovem, Mattar optou pela primeira possibilidade. Foi para a África do Sul, onde passou um mês disputando torneios pequenos. Apesar da enriquecedora experiência cultural, perdeu quase todos os jogos. Mas se engana quem acha que isso o levou a mudar a estratégia.

"Não, nós somos teimosos. Continuei jogando os pequenos campeonatos e deu certo. Em doze meses consegui subir no ranking rapidamente". Isso o ensinou a manter o foco, mesmo que as coisas dessem errado. E o ensinou ter confiança naquilo que foi estabelecido antes das disputas. "Você precisa ter perseverança e acreditar no que faz. Porque em uma empresa, quando você está começando, você é quem acredita - e sua equipe vem atrás".

SÓ SE CHEGA LÁ EM EQUIPE

Ainda que o tênis seja um esporte solitário, nenhum tenista chega lá sozinho. Há todo um esforço conjunto entre técnicos, nutricionistas, preparadores físicos, psicólogos e quem mais for necessário para que se atinjam os objetivos determinados. Todos precisam estar em total sintonia, fortemente unidos sob a mesma filosofia de trabalho - ou, por que não?, sob a mesma cultura organizacional. O próprio Luiz Mattar ressalta isso.

"Seja no tênis ou no mundo corporativo ninguém faz nada sozinho. Você precisa ter pessoas boas e descentralizar as decisões para que a empresa possa crescer também".

O pensamento de Guga vai no mesmo sentido. Falando sobre a importância de reconhecer os exemplos de superação daqueles que estão por perto, ele se lembra de como se inspirou no técnico Larri Passos e no irmão Guilherme. "Eles tinham desafios que eram muito complicados. E parece que você tá sozinho, mas não tá. Por meio dos exemplos, fui me fortalecendo".

E PARA O MATCH POINT: TENHA SEMPRE UM PROPÓSITO

Gustavo Kuerten também conta que, no início da carreira, não tinha onde treinar. Mas, com a ajuda de amigos, construiu uma quadra. Isso diz muito não só sobre a carreira do maior tenista brasileiro, mas também revela a importância de se ter um propósito. Afinal, quando você sabe onde quer chegar, nenhum obstáculo pode ser grande o bastante para te impedir de seguir adiante.

É graças ao propósito que você terá energia para buscar aquela bola no fundo da quadra ou aquela deixadinha. Graças a ele você sempre retornará à disputa, não importam as dificuldades. E retornará para vencê-la.

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