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Brasileira fatura US$ 10 mi depois de aparecer em reality show nos EUA

A empresária brasileira Junea Rocha, 34, participante da 7ª temporada do "Shark Tank" norte-americano, viu o faturamento de sua empresa, Brazi Bites, que fabrica pães de queijo, crescer dez vezes desde a aparição no reality, em novembro de 2015.

A cifra saltou de US$ 1 milhão para US$ 10 milhões por ano, na projeção para 2016.
Na hora do "pitch", apresentação curta para atrair os investidores, Junea e o marido, o americano Cameron McMullin, pediram US$ 200 mil em troca de 10% da empresa.

Ela recebeu três propostas, dos "sharks" Lori Greiner, Daymond John e Kevin O'Leary. A de Greiner, de US$ 200 mil por 16,5% da empresa, foi a mais atraente, mas o contrato não foi fechado. "Levamos a ideia a nossos advogados, mas não fomos adiante. Isso pode acontecer na vida real, embora tenhamos até hoje um ótimo relacionamento com Lori."

Mesmo sem investimento, a empreitada valeu a pena, na avaliação de Rocha. "A visibilidade que um programa desses dá é quase como ganhar na loteria", afirma.

Divulgação/ABC
SHARK TANK: Season 7 SHARK TANK - "Episode 711? - When an entrepreneur from Ft. Lauderdale, FL brings in an imaginative, new recreational sport to the tank, the sharks get a chance to suit up and ram into each other with reckless abandon; two brothers from Athens, GA designed a fashion brand enabling the wearer to do good while looking good; a husband & wife team from Portland, OR have a traditional Brazilian staple they believe will become a popular American snack; and a couple from Rockford, IL have a solution to the frustrating mystery of the missing sock. And an update on the Hanukkah toy company, Mensch On A Bench designed by Neal Hoffman from Cincinnati, OH, that Lori Greiner and Robert Herjavec invested in during Season 6, on "Shark Tank". ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
A empresária Junea Rocha e o marido e sócio Cameron McMullin, da Brazi Bites, que faz pão de queijo nos EUA

Ela conta que o produto esgotou nos supermercados e o site da empresa saiu do ar, sobrecarregado pelo número de acessos -mais de dois milhões nos dias posteriores à exibição do programa.

Rocha, que é formada em engenharia, criou a empresa em 2011 em sociedade com o marido. Para preparar a receita, o casal substitui o queijo minas -difícil de ser encontrado em Portland, no Oregon, onde vive- por parmesão e cheddar.

Os pães são vendidos em mais de mil supermercados nos EUA, e há planos de uma expansão para o Canadá.

"Os 'sharks' provaram e adoraram, o que deve ter despertado um interesse a mais no público para ir atrás dos nossos produtos", afirma.

SELEÇÃO

Para apresentar sua proposta aos empresários do programa, Rocha participou de uma seleção com mais de 40 mil candidatos. O processo incluiu, além da proposta enviada à produção do programa, uma bateria de entrevistas na qual apresentaram dados sobre as vendas e a situação financeira da empresa, além de um atestado de antecedentes criminais.

A preparação dos dois incluiu investimentos do próprio bolso e cursos sobre como vender uma receita de família. "No começo, tínhamos outros empregos, eu como engenheira e ele na área de vendas, e nos dedicávamos à empresa nas horas vagas."

Rocha atribui só parte do crescimento da empresa ao "Shark Tank". "Já estávamos estruturados e estáveis naquele momento, mas o programa nos deu a exposição necessária para termos sucesso na nossa estratégia de expansão", afirma.

Embora o pão de queijo seja tipicamente brasileiro, os sócios encontraram no nicho de alimentos sem glúten, em alta, um bom mercado para vender o produto.

O conselho de Rocha para empreendedores que buscam uma chance no programa é estabilizar o negócio e fazer o faturamento crescer antes da candidatura.

"Sem uma empresa robusta, que está indo bem, a exposição pode prejudicar o empresário. Ou você passa por toda a jornada de construir a empresa ou será humilhado em rede nacional."

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