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Jipinho Toyota C-HR chega ao Brasil em 2018 em versão híbrida

Os jipinhos urbanos também são moda nos mercados europeus. O lançamento mais recente por lá é o Toyota C-HR, que é apresentado a clientes em testes de longa duração. A Folha participou de um desses, em Portugal.

"Toda a gente agora quer modelos assim", diz Nuno, técnico de vendas de uma concessionária da marca japonesa, em Coimbra.

Nuno não sabe que essa onda de utilitários compactos já estourou no Brasil há algum tempo, e o C-HR também será o próximo passo da Toyota no mercado nacional.

Embora a montadora japonesa ainda não detalhe seus planos, ter um jipinho para brigar com Honda HR-V, Ford EcoSport, Nissan Kicks e tantos outros é uma obrigação.

A reportagem apurou que o C-HR chega ao mercado brasileiro no ano que vem, inicialmente importado na versão híbrida, como a avaliada pela reportagem em Portugal por cerca de 100 km.

A configuração mecânica é a mesma do modelo Prius. Um motor 1.8 a gasolina recebe a ajuda de um outro propulsor, elétrico, para entregar até 122 cv de potência.

O jipinho funciona em silêncio nos trechos urbanos, rodando apenas com eletricidade em baixas velocidades. A bateria é recarregada com a energia gerada em frenagens e desacelerações.

Na rodovia, o C-HR Hybrid mostra bom fôlego e se destaca pela estabilidade. O câmbio automático do tipo CVT simula sete marchas. Embora eficiente, não empolga. Nas subidas, a rotação do motor a gasolina dispara e o ruído invade a cabine.

TETO EM CURVA
A traseira tem uma queda acentuada a partir do meio da carroceria, semelhante à de cupês. É bonito de ver, mas a curva do teto compromete a visibilidade e prejudica passageiros mais altos.

As medidas compactas do C-HR tornam o banco traseiro confortável apenas para dois adultos, mas o espaço é amplo na parte da frente. Há capricho no acabamento. As linhas da cabine e o sistema multimídia nem parecem com o que se encontra nos modelos da Toyota no Brasil.

No fim da avaliação, vê-se que o mais interessante do C-HR Hybrid é o baixo consumo de combustível. Após o percurso, que misturou cidade e estrada, o computador de bordo marcou impressionantes 23 km/l de média.

FUTURO COROLLA
O C-HR utiliza a nova plataforma modular TNGA (Toyota New Global Architecture), a mesma do Prius e da futura geração do sedã Corolla.

A produção nacional do C-HR depende da chegada dessa plataforma ao país, o que não deve ocorrer antes de 2020. Por enquanto, o jipinho virá importado da Turquia e apenas na versão híbrida. Quando for abrasileirado, receberá motor flex.

Unidades camufladas seguem circulando pelo interior de São Paulo, em testes de homologação de produto.

A Toyota apressa a adaptação do jipinho ao Brasil, mas aguarda a definição do programa de incentivo à indústria automotiva, o Rota 2030, que pode ampliar benefícios a carros que poluem pouco.

Mesmo com eventuais reduções de impostos, não deve haver valores atraentes nem disponibilidade nas linhas de produção turcas para uma venda expressiva do C-HR. A ideia é gerar expectativa pela produção no país.

Ao se comparar valores praticados mundo afora, conclui-se que o novo jipinho de origem japonesa deverá ter preço muito próximo ao do hatch médio Prius, que é vendido no Brasil por R$ 126 mil.

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