Publicidade

Salão do Automóvel

Jipinho elétrico chinês é caro demais para ser importado, diz Jac

A Jac apresentou nesta quarta-feira (25), no Salão do Automóvel de Pequim, a versão elétrica do utilitário esportivo T40. Na China, o modelo é produzido em parceria com a Volkswagen com o nome Sol E20X.

Segundo o representante da Jac no Brasil, Sergio Habib, mesmo com a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de modelos elétricos, prevista no futuro regime automotivo, o Rota 2030, de 25% para 7%, o modelo custaria R$ 130 mil.

"Ainda tem Imposto de Importação, ICMS [Imposto Sobre Circulação de Mercadorias], Cofins. Não vai resolver", diz Habib. O T40 a combustão é vendido hoje por R$ 56.990.

Para o executivo, o carro elétrico funciona na China, onde o governo subsidia US$ 5.000 (R$ 17, 5 mil) da compra e o motorista fica liberado de pagar pelo emplacamento. Nas cinco cidades mais populosas do país, incluindo Pequim e Xangai, o licenciamento é controlado e uma placa sai por US$ 12 mil (R$ 42 mil) nos leilões.

"E aqui [na China] o governo decide fazer postos de abastecimento elétrico e faz. Nos outros países, isso depende da iniciativa privada, que só faz se tiver previsão de lucro e hoje não há demanda. O meio dos EUA, Texas, Colorado, nunca vai ter carro elétrico", avalia Habib.

O governo também tem interesse em reduzir a dependência de petróleo do país, e os fabricantes estão sendo pressionados por novas legislações que controlam a emissão de poluentes.

Principal feira de automóveis da Ásia, o Salão de Pequim abre as portas ao público geral no domingo (29). A mostra ocorre a cada dois anos e alterna com a de Xangai. A China é hoje o maior mercado de veículos do mundo, com cerca de 29 milhões de unidades vendidas em 2017.

O jornalista viajou a convite da Caoa Chery

Publicidade
Publicidade
Publicidade