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Para popularizar armazenamento em nuvem, Amazon lança serviço de US$ 0,01 por Gbyte
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MARIANNA ARAGÃO
DE SÃO PAULO
A Amazon Web Services, braço de computação em nuvem da varejista americana, lançou nesta terça-feira (21) um novo serviço de armazenamento de dados com preços a partir de US$ 0,01.
O serviço custará US$ 0,01 por gigabyte armazenado e é voltado para arquivos de backup, que não são acessados com frequência pelas empresas.
No Brasil, onde a Amazon Web Services iniciou operação há seis meses, o produto será disponibilizado, em um primeiro momento, somente para os atuais clientes da empresa.
Em visita a São Paulo, o chefe mundial de tecnologia da Amazon, Werner Vogels, afirmou que o novo serviço faz parte da estratégia da companhia de oferecer produtos cada vez mais baratos, para permitir que a tecnologia esteja acessível a empresas de todos os tamanhos.
"Já fizemos 20 reduções nos preços dos nossos serviços nos últimos anos", disse Vogels. "Nosso objetivo é ser a opção mais barata do mercado."
O executivo não quis comentar sobre o início das atividades de varejo da Amazon no Brasil.
OPORTUNIDADE
A computação em nuvem permite que empresas e pessoas físicas guardem seus arquivos digitais em servidores de companhias como a Amazon, dispensando-as de comprar seus próprios equipamentos.
Segundo o executivo da empresa norte-americana, a operação da Amazon Web Services na América Latina já conquistou "dezenas de milhares" de clientes corporativos desde o início das atividades, em dezembro. Metade deles está no Brasil.
Entre as empresas atendidas pela companhia no país estão Terra, Pão de Açúcar, Peixe Urbano, Gol e Anhanguera.
"A economia do Brasil vive um 'boom' e há oportunidades grandes em setores como o financeiro e de telecomunicação, que precisam armazenar muitos dados por causa das exigências regulatórias", afirmou Vogels.
A companhia também quer atrair as empresas de pequeno e médio porte que, muitas vezes, não têm capital para investir em infraestrutura de TI. "[O armazenamento em nuvem] é um modelo ideal para elas", disse o executivo.
Apesar de permitir que pessoas físicas comprem o serviço de nuvem, por meio de seu site, a Amazon Web Services tem como foco os clientes corporativos, explica José Nilo Cruz Martins, diretor-geral da empresa no Brasil.
Com operações em oito regiões no mundo, a companhia já armazena em seus centros de dados cerca de 1 trilhão de arquivos, segundo dados de junho.
Sem detalhar números, Vogels disse que os negócios da nuvem podem chegar ao mesmo tamanho da atividade de varejo da Amazon, cujo faturamento anual é de cerca de US$ 40 bilhões.
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