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18/09/2012 - 06h25

Desenvolvedora do game 'Diamond Dash', Wooga vem ao Brasil em busca de parceiros

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YURI GONZAGA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com olhos no acelerado mercado de aplicativos brasileiro, a alemã Wooga --cujos games incluem o hit "Diamond Dash" e somam 39 milhões de usuários mensais-- chega ao país com a proposta de se tornar uma espécie de incubadora para empresas locais.

A companhia está em conversas com a USP e a Universidade Anhembi-Morumbi, entre outras instituições, para promover cursos práticos e estágios acadêmicos que devem ser realizados a partir do ano que vem na sede da empresa, em Berlim.

"Queremos compartilhar nosso conhecimento e gerir projetos com estudantes para encontrar os talentos extraordinários que sabemos que estão aí. Já temos 12 funcionários brasileiros e queremos aumentar em muito esse número no futuro", disse Jens Begemann, fundador e presidente da empresa, em entrevista à Folha.

"Acreditamos sinceramente que o Brasil é o próximo 'hotspot' do desenvolvimento de games."

As parcerias não serão necessariamente relacionadas a jogos, segundo o executivo. "Programas envolvendo ciências da computação são uma opção."

"Ainda não temos nada fechado, mas devemos dar início às atividades no começo do próximo ano letivo", diz Thiago Appella, diretor das operações da empresa para o Brasil (em inglês, "country manager").

O Brasil é o primeiro país a receber uma empreitada do tipo por parte da Wooga, companhia fundada em 2009 por Begemann e Philipp Moeser e que hoje conta com cerca de 200 funcionários. Não há planos para a abertura de um escritório local.

'HEADHUNTERS'

Durante o evento Brasil Game Show, que acontece entre os dias 11 e 14 do mês que vem, a Wooga deve selecionar um projeto de game em fase embrionária para ser desenvolvido pela empresa e, então, lançado globalmente.

Segundo Appella, a empresa está caçando talentos --sejam independentes ou membros de uma pequena empresa-- que tenham em mãos o "protótipo" de um jogo que deve ser pensado para Facebook, iOS e Android.

"Estamos procurando pequenos grupos de desenvolvedores que são muito bons técnica e artisticamente, mas que precisam de ajuda para fazer seus jogos se tornarem sucessos", diz Appella.

Os desenvolvedores do projeto eventualmente contemplado serão levados para trabalhar na Alemanha. Um site para receber as inscrições está sendo desenvolvido e deve ser lançado no final deste mês.

A ideia da aproximação da empresa ao Brasil é gerar benefícios para ambas partes, segundo Begemann. "Vemos muito potencial em estabelecer uma relação mutuamente benéfica com as start-ups do país", diz.

"Estamos realmente entusiasmados com a velocidade em que o Brasil está se desenvolvendo no mundo tecnológico."

Divulgação
Jens Begemann, fundador e presidente-executivo da Wooga, ladeado por personagens dos games da empresa
Jens Begemann, fundador e presidente-executivo da Wooga, ladeado por personagens dos games da empresa

A Wooga também terá um estande durante e continuará o processo de seleção de um projeto durante o SBGames (Simpósio Brasileiro de Games e Entretenimento Digital), que acontece entre os dias 2 e 4 de novembro em Brasília.

"Estamos buscando o melhor projeto possível e que corresponda à filosofia da empresa", diz Appella. "Nossos planos iniciais não estão em torno da geração de receita, mas sim de alavancar nossa marca no país."

HISTÓRICO

Dona de "Diamond Dash", game para iOS e Facebook --e que deve ganhar uma versão para Android "em breve"--, a Wooga só perde em número de usuários mensais para a Zynga ("FarmVille"), a Electronic Arts ("The Sims Social") e outras cinco empresas, segundo a AppData.

Entre os outros títulos da desenvolvedora estão os também gratuitos "Magic Land" e "Bubble Island", não tão bem-sucedidos quanto "Diamond Dash", que foi lançado em março do ano passado e consta entre os cinco aplicativos com maior faturamento na App Store brasileira.

"O 'Diamond Dash' incorpora nossa relação com os jogos sociais. É fácil de se jogar, é gratuito e multi-plataforma", diz Begemann.

A receita da Wooga provém basicamente da comercialização de bens dentro de seus jogos. A companhia se orgulha em dizer que é "a maior fornecedora de varinhas mágicas do mundo", já que vendeu 100 milhões de unidades desse item, parte do jogo "Monster World".

Dentro do Facebook, o público da Wooga é composto em sua maior parte por mulheres: elas correspondem a 70% de todos os jogadores.

Desde sua fundação e em duas rodadas de investimento, a empresa levantou US$ 31,5 milhões oriundos de grupos como Highland Capital Partners (que também investe na desenvolvedora Game Closure e na Leap Motion) e Balderton Capital (Big Fish Games, entre outros).

 

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